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Procurado pela Interpol, traficante de drogas é preso no Amazonas

O caso começou com a apreensão de cocaína no Aeródromo da Coroa do Avião, em Igarassu. A investigação descobriu empresas de fachada criadas com a finalidade de movimentar dinheiro para o crime organizado transnacional.

Adailson Santos de Oliveira, de 46 anos, conhecido no crime como “Pacu”, procurado pela Interpol e pela Polícia Federal de Pernambuco por tráfico internacional de drogas, foi preso no Amazonas.

As informações são da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) que ressaltou ainda que ‘Pacu’ estava escondido em Coari, a 363 quilômetros de Manaus.

A polícia informou que a Justiça Federal de Pernambuco expediu uma ordem judicial para a prisão preventiva do homem após investigação da Polícia Federal do Estado.

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Segundo a PC-AM, a PF de Pernambuco apreendeu uma grande quantidade de drogas no porto de Recife.

“O material ilícito seria enviado para o exterior e, durante investigações da PF, foi constatado que Adailson estaria morando em Coari e teria uma empresa no município, utilizada para lavar o dinheiro do narcotráfico” disse o delegado José Barradas, titular da unidade policial.

Adilson foi preso na quinta-feira (30), na estrada Coari-Itapéua, no bairro Itamarati, em Coari. Adailson Santos de Oliveira responderá por tráfico internacional de drogas, associação ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Conforme a Polícia Civil do Amazonas, ele ficará na unidade prisional de Coari à disposição da Justiça.

Investigação

Após a apreensão de cerca de 650 kg de cocaína no Aeródromo da Coroa do Avião, em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, em 2020, a Polícia Federal em julho de 2022 uma operação para combater organizações criminosas dedicadas à lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional por meio de empresas de fachada.

Ao total, estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal em Pernambuco.

A organização já teria movimentado mais de R$ 116 milhões. Os crimes investigados são tráfico internacional de drogas, financiamento do narcotráfico, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As penas podem chegar, isoladamente, a mais de 20 anos de reclusão.


Entenda o caso


De acordo com a Polícia Federal, a investigação foi iniciada em 22/04/2020 após a apreensão de cerca de 650 kg de cocaína no Aeródromo da Coroa do Avião, em Igarassu. Na ocasião, piloto, copiloto e outros criminosos engajados no descarregamento da droga da aeronave Gran Caravan prefixo PT-MEK foram presos em flagrante por tráfico de drogas.

O plano do grupo criminoso visava ocultar a cocaína numa exportação de sucata destinada à Europa pelo Porto de Suape.


Após o flagrante, a PF descobriu um esquema criado para financiar esse plano. “Foi revelada, então, uma grande estrutura criminosa de empresas de fachada criadas com a finalidade de movimentar dinheiro para o crime organizado transnacional”.


De acordo com as investigações da polícia, as empresas estão espalhadas pelo país, mas se concentram, especialmente, no Estado de São Paulo.

Só nos primeiros 4 meses de 2020, no período em que o grupo preso na RMR arquitetava a exportação de cocaína frustrada pela PF, essas empresas movimentaram juntas mais de R$ 116 milhões.

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