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Professor é condenado por jogar a mulher do 4º andar

Caso Tatiane Spitzner: Luis Felipe Manvailer é condenado por feminicídio |  Brasil | iG

O professor Luis Felipe Manvailer foi condenadopelo juiz Adriano Scussiato Eyng, de Guarapuava (PR) a 31 anos de prisão pela morte da esposa, a advogada Tatiane Spitzner, 29, em julgamento no Tribunal do Júri que terminou nesta segunda-feira (10), depois de sete dias.

Os jurados o consideraram ele culpado por homicídio qualificado por feminicídio, motivo fútil, mediante asfixia e meio cruel, e fraude processual.

O magistrado sentenciou o professor a uma pena de 31 anos, 9 meses e 18 dias e ainda determinou o pagamento de R$ 100 mil em danos morais aos familiares de Tatiane. Eyng não concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade, citando a tentativa de fuga dele para o Paraguai logo após o crime.

Ao ler a sentença, o juiz citou provas que indicaram que a vítima sofria um relacionamento abusivo e relembrou casos famosos de feminicídio, como os de Ângela Diniz e de Eloá Cristina.

Tatiane foi encontrada morta na madrugada do dia 22 de julho de 2018 após uma queda do quarto andar do prédio em que morava com o marido, em Guarapuava (PR).

O exame de necropsia apontou que ela foi morta por asfixia mecânica antes da queda e que o corpo tinha feridas e sinais de luta. A acusação alegou que Manvailer asfixiou Tatiane e a atirou pela sacada após uma discussão.

Vizinhos ouviram gritos e imagens das câmeras de segurança do edifício mostram a advogada sendo agredida pelo marido antes de morrer.

Os vídeos mostram que ele recolheu o corpo da mulher da calçada e o levou de volta ao apartamento, antes de tentar fugir. Também apagou marcas de sangue do elevador.

Manvailer acabou preso no mesmo dia, após bater o carro na rodovia, em São Miguel do Iguaçu, próximo da fronteira do Brasil com o Paraguai, a cerca de 340 km de Guarapuava. Já a defesa afirmou que Tatiane se matou após uma discussão.

O depoimento de Manvailer no júri começou no domingo (9) e durou cerca de onze horas. Ele foi questionado pelo juiz, pelos jurados e por advogados de defesa, mas não respondeu às perguntas da acusação.

Na introdução, ele pediu desculpas à família de Tatiane pelas agressões que praticou contra ela, mas negou que a tenha matado.

“Gostaria de pedir perdão pelo mesmo motivo para minha família, eles sabem que não sou assim, e a todas as mulheres do Brasil, pedir perdão por isso. Eu não matei a Tatiane”, disse durante o interrogatório.

Segundo o professor, após uma briga, ele viu Tatiane se segurando pelo parapeito da sacada e diz que, apesar de tentar, não conseguiu alcançá-la para evitar a queda.

“Naquele momento, já estava tudo transtornado, o tempo parava, estava indo em direção a ela. Quando estava chegando perto da sacada, vi que a mão dela não estava ali, ouvi ela caindo, ouvi o grito dela”, afirmou.

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