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Professor é preso em Manaus por estuprar e torturar alunos entre 8 e 11 anos

Crimes aconteceram na cidade de Tefé, no interior do Amazonas, onde ele lecionava aulas de reforço para as vítimas.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Tefé (a 523 quilômetros de Manaus), prendeu nesta quarta-feira (21), um professor, de 44 anos – nome não divulgado – por violentar sexualmente e praticar os crimes de tortura e ameaça contra seus alunos, de idades entre 8 e 11 anos.

O professor foi preso em Manaus, após dois meses de investigações.

Os abusos sexuais foram praticados na casa do autor, onde ele lecionava aulas de reforço para as vítimas.

O professor usava uma palmatória como forma de repreender os alunos na sala de aula e, também, os privava de alimentação escolar, quando eles não terminavam as atividades a tempo.

“Ele já era investigado por um estupro no município de Manacapuru e agora responderá por mais”, disse a delegada Nathalia Oliveira, titular da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Tefé, após a prisão do professor da rede municipal.

Ainda conforme a delegada, as investigações começaram em junho, quando a corregedoria do município e o Conselho Tutelar descobriram os crimes após reclamações feitas pelos pais na escola onde o professor lecionava há dois anos.

“Os alunos não queriam mais ir para a escola porque eram privados da merenda. Chegando lá, descobriram que os alunos eram torturados com uma palmatória e também obrigados a assistir a filmes pornográficos, além de sofrer abusos sexuais”, disse a delegada.

Durante as investigações, uma das vítimas foi até a delegacia, acompanhada da mãe, e revelou o modus operandi do suspeito: ele utilizava o pretexto de aulas de reforço para que os pais autorizassem as crianças a irem até a casa dele e, assim, ele cometia os abusos sexuais sem levantar suspeitas.

“Até o momento identificamos quatro vítimas, mas acreditamos que possam haver mais. Vale ressaltar que ele obrigava as crianças a se agredirem com a palmatória por errarem algo na aula. Inclusive, uma menina com dificuldades na fala e leitura era a sua principal vítima. Ele obrigava os colegas de sala a usarem a palmatória nela”, enfatizou a delegada.

Tentar fugir para Curitiba

Sobre a prisão, a delegada Oliveira disse que o professor de 44 anos saiu do município de Tefé sob o pretexto de fazer um tratamento de saúde em Manaus, onde estava com uma rede de apoio, local onde foi feita a prisão.

“Assim que ele soube das denúncias, ele saiu da cidade e nós tínhamos informações de que ele estava querendo fugir para a cidade de Curitiba, no Paraná, para não responder pelos seus atos”, completou a titular da DEP de Tefé.

Após a prisão, o professor de 44 anos foi ouvido e confessou a questão da privação do café da manhã que era servido na escola municipal, alegando que as crianças não haviam concluído as atividades escolares.

“As crianças chegavam com fome, porque se tratava de uma comunidade carente e, por supostamente não fazerem as tarefas, só poderiam comer depois das 9h. Em relação à palmatória, ele disse que utilizava o pedaço de madeira para fazer alguns apontamentos no quadro e negou os abusos sexuais”, finalizou a delegada.

O professor responderá por estupro de vulnerável, ameaça, tortura e outros crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e está à disposição da Justiça.

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