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Professores do Amazonas continuam em ‘Estado de Greve’ e podem parar atividades a qualquer momento

A audiência de conciliação realizada no início da tarde desta segunda-feira (5) entre a direção do Sindicato dos Professores do Amazonas (Sinteam), deputados estaduais e o representante do governo do Amazonas, não chegou a um consenso e os profissionais de Educação da rede estadual de ensino continuam em “Estado de Greve”, podendo parar suas atividades a qualquer momento.

O encontro foi realizado no Tribunal de Justiça do Amazonas, na Avenida André Araújo, no Aleixo, e acompanhada por uma multidão de professores em frente ao prédio da Justiça amazonense.

Participaram da reunião, convocada pela desembargadora Joana Meirelles, a presidente do Sinteam, Ana Cristina, o procurador geral do Estado, o PGR Giordano Bruno, e deputados estaduais da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam).

Os professores querem 15% de aumento, dos 25% iniciais exigidos no início da greve em 17 de maio, além de plano de saúde para os profissionais aposentados e outros benefícios. A contraproposta do governo do Estado foi 15%, escalonado até 2024. A categoria não aceitou.

Diante do impasse, na última quinta-feira (1) o governador Wilson Lima anunciou uma última e definitiva proposta com reajuste imediato de 8%, relativo a data-base de 2022, mais aumento do auxílio refeição para R$ 500,00 e do vale transporte para R$168,00. E encerrou as negociações informando ainda que contrataria novos professores para o lugar dos grevistas.

Após a decisão do Executivo estadual de fechar as negociações com os 8%, os professores fizeram nova assembleia na sexta-feira (2) e decidiram aceitar a contraproposta de 15% e voltar ao trabalho hoje (5).

O procurador disse que vai levar a reivindicação ao governador Wilson Lima. Ele também informou que as faltas dos trabalhadores no período de greve, descontadas no salário no mês de maio, podem ser abonadas e o dinheiro devolvido. O Sinteam ficou de fazer uma planilha com os nomes dos servidores que tiveram os dias descontados.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) em torno de 67% dos professores continuam dando aulas. Na manhã de hoje as escolas estaduais abriram suas portas para receber os estudantes. Apenas a escola Santana, no bairro do Aleixo, não teve aulas porque sua fiação elétrica foi roubada.

Segundo o procurador, o governo vai verificar a possibilidade de retirar a ação civil sobre a ilegalidade da greve, decretada pela Justiça. Uma nova audiência está marcada para a próxima semana.

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