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Programa ‘Vigia’ de combate ao crime nas fronteiras irá começar por Coari

Município trava luta constante entre os chamados “Piratas do Rio”

Foto: Reprodução


O programa Vigia, do Ministério da Justiça chegará ainda este ano as fronteiras do Amazonas. O objetivo é blindar o país da entrada de armas, drogas e produtos contrabandeados pelos cerca de 16 mil quilômetros de fronteira.

Entre as linhas de atuação estão às operações integradas, aquisição de equipamentos, capacitações e bases operacionais com integração de sistemas.

O programa, liderado pelo ministro Sérgio Moro, atua desde abril nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e já evitou prejuízos de mais de R$ 76 milhões aos cofres públicos ao barrar a entrada de produtos contrabandeados e drogas em território brasileiro.

O reforço nas fronteiras também evitou que os criminosos faturassem R$ 3 bilhões de reais com a venda dos produtos contrabandeados.

As operações do programa no Amazonas vão iniciar pelo município de Coari (a 370 quilômetros de Manaus) e em toda a extensão do rio Solimões para combater o tráfico de drogas, roubo de combustível, ações dos “piratas dos rios” e o contrabando de armas.

A previsão da Secretaria de Operações Integradas/MJSP é que seja utilizado um contingente inicial de 200 policiais, mas até o final do ano deve subir para 700, com investimentos de R$ 3 milhões.



O programa “Vigia” trabalha com três eixos: capacitação, aquisição de equipamentos tecnológicos e operações buscando a integração das instituições que trabalham com segurança das fronteiras: Ministério da Justiça, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Civil e Militar estaduais, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Receita Federal e as forças armadas.

O “Vigia” tem como desafio fortalecer o combate ao crime organizado, aumentar a fiscalização e a repressão aos crimes fronteiriços, como contrabando, tráfico de drogas, armas e munições.

Em um modelo de atuação integrada, o programa une as instituições que atuam nas fronteiras, direcionando esforços e propósitos em estratégia unificada, construída a partir de parâmetros obtidos em experiências internacionais.

As instituições passam a utilizar um sistema de base que reúne informações com estruturas conectadas para que sejam compartilhados dados entre o nível operacional e o de produção de conhecimento, contribuindo para a formulação de estratégias para as operações.

Cifras e resultados

Duas grandes operações já foram realizadas nas fronteiras Sul do País – Operação Hórus e Operação Vigia. E os resultados estão divididos em dois tipos: estatística negativa ou cifra negativa – o que deixa de entrar de contrabando de armas e munições no País. Esse lucro negativo está estimado em R$ 5,5 bilhões.

E o segundo resultado são os dados estatísticos propriamente ditos, que está chegando à casa dos R$ 160 milhões em prejuízos por conta das apreensões de contrabando e de drogas. 

Desde abril de 2019, as operações do “Vigia” já fizeram bloqueio de 220 embarcações que carregavam contrabando, sendo 72 delas de alta velocidade; quase 50 toneladas de drogas foram apreendidas, 1,2 mil quilos de agrotóxico, 46 veículos roubados foram recuperados, 387 veículos apreendidos, 72 armas de vários calibres, 86 milhões de maços de cigarros.

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