
O plantio de vegetais, hortaliças e frutas no Centro Integrado Municipal de Educação (Cime) Lúcia Melo Ferreira Almeida, no bairro Novo Aleixo, na zona Norte de Manaus já é uma realidade com o projeto da prefeitura da cidade para hortas cultivadas nas escolas municipais.
Os alunos da educação infantil de tempo integral plantam as mudas e conhecem mais sobre cada espécie por meio do projeto que deu visibilidade internacional a capital amazonense.
Com o projeto, Manaus foi escolhida, entre 250 cidades do mundo, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), da Organização das Nações Unidas (ONU), para ser uma das sete cidades a participar do projeto ‘Generation Restoration’ (Geração Restauração), cujo objetivo é a restauração de ecossistemas.
O projeto é executado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudanças Climáticas (Semmasclima), em parceria com professores e alunos do curso de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e faz parte do projeto-piloto da gestão pública municipal de restauração ecológica, por meio de hortas urbanas e periurbanas.
A criação da horta urbana no Cime Lúcia Melo Ferreira Almeida teve início no final do segundo semestre de 2023, quando a Semmasclima buscou apoio junto à Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Professores e alunos do curso de Ciências Agrárias da instituição, acompanhados de técnicos das diretorias de Arborização e de Áreas Protegidas da Semmasclima realizaram visitas em três locais, para definirem onde seria iniciado o projeto.
“A receptividade e o interesse de todo o coletivo da escola foram enormes. Nós, juntos com a Semmasclima, fizemos o planejamento de implantação desta horta, com a produção de mudas, preparo do solo e, por último, o plantio realizado hoje”, contou o professor do curso de Ciências Agrárias da Ufam, Marco Antônio de Freitas Mendonça.
As espécies plantadas na primeira etapa foram: alface, couve, tomate, rúcula, feijão-de-metro, quiabo e maxixe.
“Nós trouxemos alunos da universidade, para o acompanhamento técnico e formação. Então, equipes do Cime serão, a partir de agora, instruídas para que possam conduzir a horta e que ela sirva futuramente tanto para a alimentação das crianças quanto para a divulgação de processos de hortas urbanas e periurbanas”, destacou o professor.
Uma das crianças que participou do plantio da horta foi Heitor Vale, de seis anos de idade. Aluno do Cime desde 2022, ele e a sua turma do primeiro ano ficaram responsáveis pelo plantio de couve. Perguntado sobre o que aconteceria no futuro próximo, quando a folha de couve crescesse, o aluno não teve dúvidas: “eu vou comer para ficar saudável”, afirmou o pequeno Heitor.
O professor de Matemática e diretor do Cime Lúcia Almeida, Elbert Almeida, disse que com o projeto de hortas urbanas é possível trabalhar tanto a educação ambiental quanto a alimentação saudável e valorização da vida, desde os primeiros anos de ensino.
“Estamos muito honrados com a responsabilidade de mostrar a relevância deste projeto, porque para a nossa cidade se manter arborizada, precisamos trabalhar a conscientização ambiental desde cedo, por isso estamos com as crianças envolvidas na criação e cuidado da horta”, destacou o diretor.
A unidade pública municipal de ensino atende 700 alunos da Educação Infantil em tempo integral.
A chefe da divisão de Áreas Protegidas da Semmasclima, Socorro Monteiro, explicou o que a implantação da horta urbana irá proporcionar. “Com a horta, é possível aliar conservação, educação ambiental, segurança alimentar e enriquecer a nutrição daqueles que vão consumir os alimentos provenientes da horta”, finalizou.