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Projeto quer reduzir consumo ilegal de quelônios no Amazonas

Dados apontam que 1 milhão e 700 mil quelônios são consumidos por ano no Estado; 900 mil só em Manaus.

Mais de um milhão de quelônios são consumidos por ano no Amazonas, sendo 900 mil animais abatidos apenas na capital.

Os dados foram obtidos pelo Departamento de Conservação de Peixes e Fauna Silvestre da Universidade Virginia, nos Estados Unidos.

Em vista disso, o Centro de Estudos dos Quelônios da Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Cequa/Inpa), está desenvolvendo o projeto “Junto pelos Quelônios”, que visa reduzir o consumo ilegal na capital.

O levantamento mediu os conhecimentos de adolescentes com idade entre 12 a 17 anos a respeito dos quelônios e a relação que eles têm com as espécies.

Entre os mais de 350 jovens entrevistados, mais de 50% acreditam que as principais ameaças aos animais são a poluição e a perda de habitat.

Porém, a ecóloga de fauna aquática, Camila Ferrara, destaca que a maior ameaça vem do consumo e tráfico ilegal das espécies.

A bióloga Sabrina Monteiro, colaboradora do Cequa e participante do projeto, informa ainda que, no Amazonas, há pelo menos 19 espécies de quelônios existentes e que o centro de pesquisa busca incentivar a educação ambiental para preservá-las.

Ela reforça que a intenção não é proibir o consumo que faz parte da tradição da região, mas sim, a conscientização de um consumo consciente.

Se pararmos para pensar nos números, são 90 quelônios mortos por hora só na capital. E a principal causa é o consumo exagerado de ovos e carnes desses animais”, diz Camila Ferrara, da WCS Brasil (Wildlife Conservation Society).

“A partir daí decidimos que precisávamos fazer alguma coisa porque existem inúmeros projetos com quelônios em campo, onde vivem as espécies, mas falta em zonas urbanas”.

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