
O Promotor de Justiça José Augusto Taveira, respondendo pela 14ª Promotoria com atuação no Tribunal do Júri e designado para atuar nos processos judiciais relacionados ao Caso Flávio, se posicionou pela prorrogação da prisão temporária dos envolvidos, atendendo o pedido
dos delegados Marília Campello e Paulo Martins.
Em nota o Ministério Público informou que autos foram remetidos à juíza da 2ª Vara do Tribunal do Júri, nesta quinta-feira (31). O promotor considera que, sendo a prisão temporária um instrumento legal à disposição dos delegados que investigam o caso, ela se torna pertinente neste momento uma vez que o crime investigado é grave, complexo, envolve múltiplos investigados e ainda há diligências a serem cumpridas.
Os delegados pediram. na quarta-feira (30), a prorrogação da prisão temporária – pelo prazo de 30 dias – dos seis suspeitos de envolvimento na morte do engenheiro Flávio Rodrigues e a prorrogação para a conclusão do Inquérito Policial.
No pedido enviado à 2ª Vara do Tribunal do Júri os delegados argumentam que a medida é necessária para a “correta apuração do fato”.
Em que pese ter tido parecer favorável do Ministério Público, caberá à Justiça analisar e decidir sobre o pedido de prorrogação das prisões.
Flávio Rodrigues dos Santos desapareceu no dia 29 de outubro, horas após participar de uma festa na casa de Alejandro Valeiko. O corpo do engenheiro foi encontrado no dia seguinte em um terreno no bairro Tarumã, na Zona Oeste de Manaus, próximo à residência de Alejandro.
Seis suspeitos de envolvimento no homicídio do engenheiro foram presos:
Alejandro Valeiko, filho da primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko.
José Edvandro Martins de Souza Junior, 31;
Elielton Magno de Menezes Gomes Junior, 22;
O chefe de cozinha Vitorio Del Gatto, que morava na residência;
O policial militar Elizeu da Paz de Souza, 37, que estava lotado na Casa Militar da Prefeitura e, conforme investigações, seria segurança de Alejandro, também foi preso. O PM aparece em um vídeo dirigindo um carro alugado e entrando no condomínio de Alejandro no dia do crime. Duas sindicâncias foram abertas para apurar o uso indevido da máquina pública no caso.
Outro preso foi Mayc Vinicius Teixeira Parede, 37; ele chegou à casa de Alejandro acompanhado do policial militar em um carro.