
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o senador José Serra (PSDB-SP) foram sondados pelo PT para um possível apoio à campanha do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva já no primeiro turno, mas os dois declinaram do convite.
O plano era que os tucanos integrassem a frente de ex-presidenciáveis em torno da candidatura de Lula, reunidos ontem em São Paulo, mas o senador recusou e o ex-presidente não tem se envolvido na vida pública por motivos de saúde. Entre aliados e ex-rixas, a campanha conseguiu somar oito ex-oponentes em torno do petista.
Dois dos chamados “tucanos históricos” aderiram: além do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa, o ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) não só já declarou voto em Lula como participou de um comício em São Paulo —ele foi candidato a vice na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014.
O objetivo do PT é reforçar o discurso eleitoral de Lula de formar uma “frente ampla pela democracia”. Desde o início do ano, o partido tem tentado formar uma imagem de união suprapartidária em torno do petista, tentando diminuir a rejeição —com FHC e Serra, que enfrentaram o PT nas eleições gerais, duas vezes cada, o discurso ficaria fortificado.
Serra tem sido sondado desde que o PSDB desistiu oficialmente de lançar um candidato ao Planalto, mas não tem dado resposta. As interlocuções são feitas em especial por Alckmin, ex-colega de partido por 33 anos, e pelo ex-ministro Aloízio Mercadante (PT), coordenador do plano de governo de Lula.
“Dizer que vou apoiar Lula, ainda mais pelo voto útil, é pura fake news. É PT sendo PT, que pensa que democracia vale só se for pra eles. Minha candidata é Simone”, disse Serra à CNN Brasil.