Portal Você Online

Seca: 600 mil amazonenses ainda sofrem os efeitos da estiagem

O retorno das chuvas e a subida do nível dos rios no Amazonas ainda não reverteram a situação de emergência nos 62 municípios do Estado.

Boletins sobre a estiagem divulgados pelo Governo do Amazonas neste fim de semana mostram que todas as cidades permanecem com dificuldades de abastecimento e acesso dos moradores.

A Defesa Civil informa que existem 599 mil pessoas, de 150 mil famílias, afetadas pelos efeitos da seca severa. Os números são atualizados e corrigidos diariamente e podem sofrer alterações para mais ou para menos, de acordo com os ajustes realizados pelas autoridades municipais.

O Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental, criado pelo governo estadual, começou a divulgar boletins com informações atualizadas sobre a estiagem no dia 29 de setembro.

Na ocasião, com os rios secos, o Amazonas tinha 20 municípios em situação de emergência, 35 em alerta, 5 em atenção e 2 em normalidade: Presidente Figueiredo (no Médio Amazonas) e Apuí (na calha do Madeira).

Em 1º de novembro, pela primeira vez, todos os municípios amazonenses entraram em situação de emergência.

Controle Geográfico - Situação de Emergencial Total

Rios e calhas

De acordo com o boletim governamental, nos últimos cinco dias, na Calha do Juruá, que tem como referência a estação de medição situada em Itamarati, o Rio Juruá subiu 1,18 metro.

Na região próxima a nascente da calha, Guajará (Cruzeiro do Sul) registrou nos últimos cinco dias baixa no nível do rio em 63 centímetros. Em Ipixuna subiu 98 centímetros, devido a oscilação esperada entre as transições de estações.

Na Calha do Purus, também nos últimos cinco dias, a estação de referência da calha do Purus, localizada próxima a foz do rio, no município de Beruri, registrou subida de 85 centímetros. Segundo o Comitê de Enfrentamento, a situação é “a esperada para o momento”.

A estação de referência da Calha do Madeira, localizada no município de Humaitá, registrou subida de 91 centímetros. A estação de referência em Tabatinga registrou subida de 32 centímetros.

Na região próxima à foz da calha, em Manacapuru, foi registrada subida de 70 centímetros. Em Itacoatiara, Calha do Amazonas, a elevação registrada foi de 63 centímetros.

No Alto Rio Negro, em São Gabriel da Cachoeira, a elevação foi de 11 centímetros. Na porção média da calha, no município de Barcelos, foi registrada subida de 3 centímetros.

Na capital amazonense são 29 dias seguidos de alta no nível do Rio Negro na régua de medição do Porto de Manaus. A profundidade está em 15,97 metros.

O acumulado no período entre 18 de novembro e 15 de dezembro (última medição) é de 3 metros. Os dias com maiores cheias foram 24 de novembro e 15 de dezembro, quando o rio encheu 18 centímetros. Só na última semana foram 72 centímetros.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *