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Queda do Muro de Berlim completa 30 anos


O chamado “muro da vergonha” separou durante 28 anos a Alemanha em duas até a reunificação da parte Ocidental e Oriental em um só país

Foto: Reprodução

Este sábado (9) marca a passagem dos 30 anos da queda do Muro de Berlim, o chamado “muro da vergonha” que durante 28 anos separou a histórica capital germânica em duas até a reunificação da Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha) e da Alemanha Oriental (República Democrática Alemã) em um só país.

A queda da barreira de cimento, ferro no meio de Berlim representou o colapso do socialismo real sob a liderança da extinta União Soviética (formada pela Rússia, Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Estónia, Geórgia, Lituânia, Letônia, Moldávia e Ucrânia) e também implementado pela Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia e Tchecoslováquia, além da Alemanha Oriental –  países que formavam a cortina de ferro que separava o mundo capitalista e o mundo socialista.

Um muro de 155 quilômetros de concreto e arame farpado era a fronteira que separava famílias, amigos e sonhos. Na Berlim Ocidental, as pessoas podiam viajar para qualquer lugar sem nenhum impedimento. Mas, na Oriental, as restrições de locomoção e liberdade individual vigoravam.

Desilução oriental

Trinta anos depois, a desilusão e decepção prevalecem. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Assuntos de Política de Berlim aponta que 80% dos 1.029 entrevista nos cinco estados formados a partir da Alemanha Oriental e na própria capital diz que o Ocidente não aprecia as suas realizações desde a reunificação – e isso inclui os mais jovens, que não experimentaram os anos a divisão.

Um total de 58% sente que não está melhor com a arbitrariedade estatal hoje em comparação com o passado, enquanto menos da metade (48%) acredita que a democracia funciona bem. No entanto, 54% dos alemães orientais disseram que o padrão de vida melhorou desde os dias da RDA.

Ao comparar os resultados de 2019 com dados de 2000, parece haver uma forte sensação de que as coisas pioram. Na antiga avaliação, 67% disseram que suas esperanças de reunificação foram amplamente cumpridas; em 2019, esse número caiu para 52%. A satisfação com a educação escolar e a justiça social caiu, assim como o número daqueles que “se sentem à vontade na sociedade” (apenas 26% dizem que se sentem mais à vontade do que nos tempos da RDA).

O estudo mostra que os alemães orientais estão frustrados, acreditando que sua voz não é ouvida e sentem que não podem desempenhar um papel na formação da Alemanha.

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