
O general Marco Edson Gonçalves Dias, 72 anos, pode ser considerado o “guarda-costas” do presidente Lula. Ele estava no comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) desde 1º de janeiro. Na transição de governos, o general integrou a equipe da área de inteligência estratégica. Ele é um dos militares em quem Lula mais confia há mais de três décadas.
O militar atuou na segurança pessoal de Lula durante seus dois primeiros mandatos, de 2003 a 2010. O general também foi chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional no governo de Dilma Rousseff. Gonçalves Dias estava dentro do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
Imagens divulgadas pela CNN Brasil, nesta quarta-feira (19), mostram o chefe do GSI em meio aos manifestantes. Por mais de uma ocasião, Dias aparece circulando e conversando com os invasores. Outros integrantes do GSI chegam a cumprimentar e a entregar garrafas de água a alguns manifestantes.
O ministro-chefe do GSI tinha de participar de reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, mas enviou um atentado médico alegando impossibilidade de comparecer.
Gonçalves Dias foi convidado anteriormente para prestar esclarecimentos sobre os atos de 8 de janeiro. O presidente da comissão, deputado Sanderson (PL-RS), confirmou a informação da ausência do ex-chefe do GSI, que apesar do atentado, esteve em reunião com Lula, quando pediu demissão, e deu entrevista a Globonews.
Assim que assumiu, Lula transferiu toda sua segurança para a Polícia Federal e reduziu a influência do Gabinete de Segurança Institucional, mas colocou Gonçalves Dias como ministro-chefe do órgão.


