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‘Querem anular condenações’, diz Moro em meio a embate na CCJ

Ministro Sergio Moro durante
Foto: Lula Marques

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, reafirmou, durante forte embate entre apoiadores e críticos do ex-juiz da Lava Jato na audiência nesta terça-feira, (02) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que o vazamento das supostas conversas entre ele e um procurador da força-tarefa da operação visa “anular” condenações e o avanço de atuais apurações.

“Minha opinião informal é que alguém está por trás dessas informações e o objetivo principal é invalidar decisões da Lava Jato e impedir novas investigações”, disse Moro.

Nas primeiras horas da audiência, Moro adotou a mesma linha de atuação da semana passada, quando participou de audiência na CCJ do Senado para falar sobre os supostos diálogos divulgados no mês passado pelo site Intercept Brasil.

O ministro repetiu que não reconhecia a autenticidade das conversas, foi vítima de uma atuação criminosa de hackers, afirmou que haveria elementos para dizer que elas teriam sido adulteradas pelo fato de o site ter reconhecido erro em informações públicas e mais uma vez minimizou o suposto conteúdo sob o argumento de que não conteria qualquer irregularidade.

“Atuei com correção, dentro da legalidade e com imparcialidade. isso é confirmado pela manutenção das minhas decisões por instâncias superiores”, disse, rechaçando partidarismo porque a operação atingiu “praticamente” todos os partidos políticos.

Moro também exaltou os feitos da Lava Jato e o apoio popular que a operação recebeu, citando as manifestações populares de domingo que apoiaram a atuação dele e defenderam o governo Bolsonaro. Ele novamente disse que aceitou o convite para atuar no governo após as eleições.

O ministro estava se beneficiando dos embates entre aliados e críticos na comissão e do andamento dos trabalhos da CCJ –as perguntas são feitas em bloco por vários deputados e ele escolhido quais responder durante seus 7 minutos de fala.

Durante os embates, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), chegou a afirmar que encerraria a reunião e comparou o tumulto à “Escolinha do Professor Raimundo”, programa humorístico da TV Globo. Em outra intervenção, Francischini disse que os embates podem ser resolvidos no diálogo.

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