
Após divergências internas no Psol, o Movimenta Amazônia Socialista, coletivo que reúne cerca de 300 mulheres, negras e negros, LGBTQIAP+, pessoas com deficiência e indígenas, anunciou neste domingo (6) a saída do partido. O grupo alega que a ascensão de mulheres na sigla incomodou dirigentes que conduzem o partido há anos.
Em nota, o coletivo afirma que o Psol no Amazonas “não possui um projeto político e social para o Amazonas” e não tem proteção às suas figuras públicas. Também alega que há “fortes indícios” que a sigla seja “machista, misógino e LGBTQIAP+fóbico” e que o projeto ‘Bancada das Manas’ sofre boicote sem a maioria no diretório.
O Movimenta Amazônia Socialista alega que “grupos internos” do Psol não aceitaram a ascensão do grupo na sigla. “Acessar e ter maioria no diretório municipal de Manaus e quase obter a maioria do diretório estadual preocupou e irritou muita gente. Poderíamos dizer, muitos homens héteros e cisgêneros”, diz trecho de nota divulgada nas redes sociais.
“De repente, ao invés de se preocupar com a necessária derrocada do governo genocida de Jair Bolsonaro, os grupos estavam preocupados – e visivelmente contrariados – com os avanços políticos do MAS, com a Bancada das Manas e com a projeção de Marklize Siqueira como figura pública respeitada na cena política”, diz outro trecho da nota.
O secretário-geral do partido, Raoni Lopes, nega que tenha havido ataques às minorias. “Eu lamento a saída deles todos. Não sei são 300 filiados mesmo, nem todos participava ativamente do partido. Discordo da imagem que eles desenharam sobre o partido. Nenhum instante houve perseguição a ninguém”, disse Lopes.