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Randolfe toma celular de youtuber do caso “tchutchuca do Centrão”

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se envolveu em uma confusão ao tomar o0 celular do youtuber Wilker Leão, que ficou conhecido por causa de uma polêmica com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em agosto do ano passado, quando chamou ele de “tchutchuca do Centrão”.

O youtuber encontrou Randolfe em um dos corredores do Senado Federal e o questionou a respeito de um projeto de lei sobre assédio político.

“Ele tomou meu celular, cara. Você está doido? Devolve meu celular aí. Está tudo gravado, as câmeras estão gravando. Ele danificou a cordinha do meu celular. O senhor está certinho, hein, senador. Vai sair com meu celular daqui? Cadê a Polícia Legislativa?”, disse o youtuber.

A Polícia do Senado foi acionada e Wilker foi detido para prestar depoimento.

“Acabo de sair da Polícia do Senado após o senador Randolfe roubar o meu celular e sair impune para o seu gabinete. O questionei numa boa e ele me respondeu com o cometimento de crime. Da prisão em flagrante o foro o livrou, mas espero que a corregedoria e a PF não”, escreveu Wilker nas redes sociais.

Tchutchuca do Centrão

Em agosto de 2021, Wilker Leão abordou o ex-presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada. Ele costumava gravar vídeos nas redondezas do palácio questionando apoiadores de Bolsonaro e começou a fazer perguntas e provocações ao presidente, enquanto simpatizantes tiravam fotos e faziam vídeos com o mandatário.

“Presidente, por que o senhor limitou a delação premiada?”, questionou ele, sendo empurrado pelos seguranças e caindo no chão na sequência.

Ele se levantou e continuou com os questionamentos. Em seguida, chamou o presidente de “vagabundo”, “safado”, “covarde” e “tchutchuca do Centrão”, e o desafiou a parar para conversar com ele.

Bolsonaro entrou no carro oficial para cumprir sua agenda oficial, mas em seguida saiu do veículo e resolveu falar com o youtuber. Ele tentou pegar o celular do jovem e o puxou pela gola da blusa, depois segurou no braço dele.

Depois da confusão, Bolsonaro conversou com ele por alguns minutos e seguiu para a Base Aérea. No diálogo, os dois trataram de temas como mudanças na lei da delação premiada, orçamento secreto, reforma tributária, posse de armas e aliança com partidos do Centrão.

“Eu preciso aprovar as coisas no Parlamento, certo? Se for para aprovar sozinho, eu sou ditador. Fecha tudo, fecha Supremo, fecha Congresso, fecha tudo e eu resolvo as coisas sozinho. Eu tenho que ter o apoio do Parlamento. Os partidos de centro são quase 300 dos 513 parlamentares. Como vou aprovar um projeto simples de lei dispensando 300 votos?”, disse Bolsonaro.

“Eu não posso ser um presidente 100%. Vai desagradar um ou outro em alguma coisa, vai desagradar”, afirmou Bolsonaro.

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