Entre janeiro e agosto, estado registrou a menor taxa de feminicídio por 100 mil habitantes.

Conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), entre janeiro e agosto deste ano, o Amazonas registrou 12 feminicídios, enquanto no mesmo período de 2024, foram contabilizados 19 crimes desse tipo. E a capital, apresentou queda ainda maior, saindo de 12 casos para 4.
Este ano, a partir de ações coordenadas, o estado reduziu os casos de feminicídio, alcançando a menor taxa do país deste tipo de crime, (0,32), a cada 100 mil habitantes, conforme o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
“Esses números são resultados de um empenho de toda uma equipe que nós comandamos na Delegacia de Homicídios e, não só isso, mas a integração das nossas polícias é essencial, sempre atuamos em conjunto com a PMAM e outras delegacias. Além disso, temos apoio da SSP-AM em questões de tecnologias e informações de autores que resultaram nessa redução”, disse o delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha.
Prevenção e apoio às vítimas de violência
Na Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM), da PC-AM, o acolhimento é a porta de entrada para garantir proteção e segurança às vítimas. Assim que chegam, são recebidas por investigadores preparados para ouvir e encaminhar cada caso, contando com suporte psicológico e medidas legais que asseguram seus direitos e sua integridade.
Com um trabalho voltado para a prevenção e apoio direto às vítimas, a Ronda Maria da Penha (RMP) da PMAM, realiza visitas periódicas para as mulheres que já sofreram agressão, garantindo acompanhamento e sensação de segurança.
Atendimentos às vítimas
Uma mulher, de 31 anos, vítima de tentativa de feminicídio, em maio de 2024, relatou sobre a agressão física que sofreu dentro do seu próprio apartamento. “A última agressão aconteceu quando ele tentou me matar por duas vezes, chegou a puxar a faca e também causar um acidente dentro do meu carro, foi ali que eu dei um basta e procurei por ajuda, mesmo com todo o medo que eu estava sentindo”, disse a vítima.
A mulher, que também é uma das acompanhadas da Ronda Maria da Penha, agradeceu todo o acolhimento e proteção realizado pelas Forças de Segurança.
“Eu vi de perto o trabalho das polícias no meu caso e todos eles foram superimportantes. Sou muito grata, não só por mim, mas por todas as mulheres que passam por isso. Eu pude acompanhar as equipes indo à luta para poder ajudar essas vítimas vulneráveis e, como uma pessoa que passou por isso, eu me sinto mais segura”, ressaltou.