O custo é de R$ 0,21, por litro, a mais do que a vendida pela Petrobras

A Refinaria da Amazônia (Ream), antiga Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, tem a gasolina mais cara do país após dois meses de privatização. O custo é de R$ 0,21, por litro, a mais do que a vendida pela Petrobras, – uma empresa mista com ações de acionista na Bolsa – uma diferença de 6,5%.
Os dados são do Observatório Social do Petróleo (OSP), organização mantida pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). Na estatal o litro da gasolina tem preço de R$ 3,31 em média nas suas refinarias e a recém privatizada, R$ 3,52.
O Sindicato dos Petroleiros e o atual governo Lula são contra as privatizações e pela volta das estatais para uso político dessas empresas. No governo anterior, mais de 100 empresas deficitárias do governo federal foram privatizadas.
Por diversas vezes o Sindicato dos Petroleiros tentou ‘melar’ a negociação da venda da Refinaria de Manaus para o grupo Atem pela Petrobras, que tem um histórico de corrupção pelo PT.
“Com isso, a Ream já é a recordista da gasolina mais cara do país, superando até mesmo o valor cobrado pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, também privatizada. A unidade baiana foi privatizada em dezembro de 2021 e vende o combustível R$ 0,02 a menos do que a refinaria amazonense”, informa o estudo.
Desde dezembro passado, início da operação privada, a Ream cobra, em média, 2,45% acima do preço da gasolina comercializada pela Petrobras. Em dois meses e meio, o grupo Atem, controlador da refinaria de Manaus, promoveu cinco reduções e sete aumentos no preço do litro da gasolina.