Protótipo foi testado em pacientes do HC e projeto será enviado para aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
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O ventilador pulmonar emergencial criado por um grupo de engenheiros da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) para atender a falta de respiradores na pandemia do novo coronavírus foi aprovado em testes técnicos e agora será enviado para aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além da pesquisa com animais e avaliações técnicas que comprovaram a eficiência do equipamento, ele pode ser fabricado em duas horas.
Os testes com humanos foram feitos com quatro pacientes nas dependências do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas (HC) da USP, entre os dias 17 e 19 de abril. Na avaliação dos técnicos, o respirador foi considerado aprovado em todos os modos de uso e não houve nenhum problema com os pacientes ventilados.
O ensaio no HC seguiu o protocolo da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, a coordenação do professor José Otávio Auler Junior, da Faculdade de Medicina. Antes disso, em 13 e 14 de abril, o equipamento foi testado em animais, sob a orientação de professoras da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ).
O respirador Inspire foi desenvolvido pela equipe do professor da Poli, Raul González Lima. Além de ser produzido em até 2 horas, o equipamento tem custo vantajoso: enquanto os ventiladores convencionais custam, em média, R$ 15 mil, o valor do Inspire é de cerca de R$ 1 mil, de acordo com os pesquisadores envolvidos.
Para acelerar as avaliações técnicas, os engenheiros tiveram que improvisar. Uma bexiga de aniversário, feita de borracha, foi enchida de ar pelo respirador para verificar se o aparelho era capaz de controlar variáveis como pressão e vazão do oxigênio..