por: Agentes do Rio realizam ações em vários endereços relacionados aos envolvidos na capital fluminense e em outras cidades, inclusive na Paraíba e Pernambuco.
Investigadores da Polícia Civil do Rio de Janeiro acreditam que os milicianos que construíram os prédios que desabaram na comunidade da Muzema, na Zona Oeste da capital fluminense, também possam ter erguido edifícios no mesmo esquema em outras cidades do RJ e nos estados da Paraíba e Pernambuco.
Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) e da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) realizam nesta quinta-feira (2) uma operação em vários pontos do Rio e em outros estados para cumprir 20 mandados de busca e apreensão relacionados ao desabamento de dois prédios no dia 12 de abril. Vinte e quatro pessoas morreram.
Os policiais também buscam três suspeitos que já possuem mandados de prisão em aberto: Rafael Gomes da Costa e Renato Siqueira Ribeiro, apontados como corretores, e José Bezerra de Lima, conhecido como Zé do Rolo, tido como responsável pela construção dos prédios. Os três vão responder por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
“Não vamos sossegar enquanto não colocarmos essas pessoas na prisão e outros demais integrantes que descobrirmos”, destacou a delegada Adriana Belém, responsável pelas investigações.
Em três semanas de investigação, 30 pessoas foram ouvidas, entre moradores, testemunhas e suspeitos. Com base nas informações que obtiveram, os policiais concluíram que os prédios foram erguidos por milicianos que controlam a Muzema.
Os agentes estiveram na comunidade de Rio das Pedras e também na Associação de Moradores da Muzema, a menos de um quilômetro do condomínio onde os prédios desabaram. Lá, os agentes encontraram registros de venda de imóveis rasgados, com os nomes de alguns dos foragidos.
As buscas podem ajudar a identificar outros membros da quadrilha. “Hoje os alvos são os foragidos, familiares que possam estar ocultando provas, mandado de busca e apreensão em locais onde possam ter provas escondidas”, contou a delegada.
