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Reviravolta no caso Neymar: advogado diz que mulher foi agredida e não estuprada

Informações dos advogados podem beneficiar Neymar no caso em que é acusado de estupro

Em mais um capítulo do caso Neymar, acusado de estupro em Paris por uma brasileira, no último dia 15 de maio, e registrado pela mulher numa delegacia de São Paulo, os advogados da suposta vítima do jogador abandonaram a defesa alegando que ela afirmou ter tido uma relação consensual, mas fez um B.O (Boletim de Ocorrência) de estupro.

            O escritório Fernandes e Abreu Advogados divulgou uma carta nesta segunda-feira (3) informando sobre a rescisão de contrato com a sua constituinte justificando descumprimento do acordo de não registrar queixa na polícia por estupro, mas por agressão física, o que a mulher fez a revelia, contrariando o que havia relatado em conversa anterior de que tinha sido apenas vitima de uma agressão.

             Ainda segundo o escritório jurídico, a relação entre Neymar e a mulher foi consensual, “mas que durante o ato ele havia se tornado uma pessoa violenta, agredindo-a, sendo esse o fato típico central (agressão) pelo qual ele deveria ser responsabilizado cível e criminalmente”, segundo o documento de rescisão contratual.

            No documento, o escritório afirma ter feito uma reunião com representantes de Neymar na última quarta-feira (29) para tentar resolver o caso de forma consensual sem entrar na esfera judicial. “Feito o primeiro contato com os representantes do agressor, por intermédio de uma reunião realizada em 29 de maio, foi rechaçada qualquer possibilidade de acordo extrajudicial na esfera cível por parte dos representantes de Neymar Júnior, que menosprezaram o ocorrido, lamentavelmente.”

            Ainda segundo o escritório, a mulher constituiu um novo advogado e na sexta-feira (31) registrou o boletim de ocorrência no qual citou o fato ocorrido em Paris como “estupro”.

            Em entrevista ao Jornal Nacional nesta segunda-feira (3), o advogado do escritório jurídico, José Edgard da Cunha Bueno Filho, explicou por que foi contra continuar no caso. “Eu fui contra qualquer medida bombástica. E até que chegou num momento, de forma mais dura, ela ter acusado a minha ética profissional a respeito do que eu estaria fazendo.”

            Veja na integra a nota divulgada pelo escritório Fernandes e Abreu Advogados e assinada pelos advogados Francis Ted Fernandes, José Edgard da Cunha Bueno Filho e André Castello Branco Colotto:

            “Por raiva ou vingança, V. Sa. relatou no BO registrado em 31/05/2019 fatos descritos em desacordo com a realidade manifestada aos seus patronos, ou seja, compareceu à delegacia, relatando que teria sido vítima de estupro, quando, na realidade que nos foi demonstrada e ratificada por várias vezes, V. Sa. teria sido vítima de agressões.”

O escritório afirma ainda que a “alteração na verdade dos fatos”, pode configurar denunciação caluniosa (crime tipificado no Código Penal) e “incompatível com os princípios norteadores da conduta dos membros do nosso escritório”.

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