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Ricardo Liáo é nomeado presidente do “novo” Coaf

O Coaf, agora sob coordenação do Banco Central passa a se chamar Unidade de Inteligência Financeira (UIF).


Atual diretor de supervisão do Coaf, Roberto Liáo tem larga experiência no combate à lavagem de dinheiro
Foto: Divulgação

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nomeou nesta terça-feira (20) Ricardo Liáo para a presidência da Unidade de Inteligência Financeira (UIF), o novo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Liáo é servidor aposentado do Banco Central e deixa o cargo de diretor de Supervisão do Coaf para assumir a UIF. Entre 1998 e 2013, foi conselheiro do BC no Coaf. Entre 2013 e janeiro deste ano, foi secretário-executivo do conselho, e, desde então, diretor de Supervisão do órgão.

Na mesma portaria em que foi oficializada a nomeação de Liáo, Campos Neto confirmou a dispensa de Roberto Leonel, presidente do Coaf e servidor da Receita Federal.

Leonel foi nomeado presidente do Coaf pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Medida provisória publicada nesta terça-feira no “Diário Oficial da União”, além de transferir o órgão de controle da Economia para o Banco Central, mudou o nome da organização.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, passa a se chamar Unidade de Inteligência Financeira (UIF).

A medida foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e por Campos Neto. O texto publicado revoga obrigação de que o conselho de combate à lavagem de dinheiro seja composto só por servidores públicos.

Na semana passada, porém, Bolsonaro informou que iria transferir o Coaf para o Banco Central para tirar o órgão do “jogo político”.

Quando assumiu o mandato, em janeiro, Bolsonaro transferiu o Coaf do extinto Ministério da Fazenda para o Ministério da Justiça. Porém, ao analisar a MP que reestruturou o governo, em maio, o Congresso desfez a mudança, levando o Coaf para o Ministério da Economia.

Nesta terça-feira, Moro comentou as mudanças e disse que foram feitas “pequenas mudanças” no Coaf, mas que, “no fundo”, a estrutura do órgão segue a mesma.

O ministro disse não ter receios de que o Coaf siga realizando o trabalho de prevenção e inteligência, “com independência, autonomia, embora agora vinculado ao Banco Central”.

“Preferia que o Coaf, como disse, estivesse aqui [no Ministério da Justiça]. Não estando aqui, no entanto, tenho certeza que está em boas mãos junto ao atual presidente do Banco Central, o senhor Roberto Campos”, disse Moro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça que a mudança no órgão de controle dará a “independência necessária da política” ao novo Coaf.

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