Até dezembro deste ano, a profundidade do Rio Negro na orla de Manaus deverá ficar abaixo dos 16 metros, segundo o SGB (Serviço Geológico do Brasil). A subida do nível da água oscila após atingir 12,11 metros no dia 9 de outubro no porto de Manaus, a mais baixa da história do Amazonas.
Nesta terça-feira (5), foi registrada a marca de 12,16m e nesta quarta (6), 12,18 m, com variação de dois centímetros nas últimas 24 horas.
O Negro está passando pelo repiquete, um fenômeno em que o nível das águas para de descer, sobe por alguns dias e depois volta a baixar gradualmente.
“A região que fica mais a jusante (no sentido do curso d’água) leva um certo tempo para receber esse volume de águas e iniciar a recuperação. Assim, as análises mostram que, a partir da segunda quinzena de novembro, o Rio Negro deve voltar a subir e com variações maiores”, explicou a pesquisadora Jussara Cury, superintendente regional do SGB em Manaus.
Solimões com elevações
Na cabeceira da Bacia do Amazonas, o Rio Solimões começou a encher. O nível da água mais acentuada foi registrado em Tabatinga – 1,86 m. Em Fonte Boa e Itapéua (zona rural de Coari), o Solimões registra pequenas subidas diárias e, em Manacapuru (AM), a vazante se estabilizou.
O SGB informa que esse ritmo de cheia é um bom sinal, pois o Rio Negro recebe o fluxo de água do Solimões.
O Rio Madeira também está em processo de recuperação em Porto Velho (RO) e em Humaitá (AM), com registros de subidas diárias pequenas, mas regulares. Em Porto Velho, a cota deve permanecer abaixo dos 3 m até a segunda quinzena de novembro.
O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da RHN (Rede Hidrometeorológica Nacional), coordenada pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).
O SGB opera cerca de 80% das estações. As informações coletadas por equipamentos automáticos, ou a partir da observação por réguas e pluviômetros, são disponibilizadas na plataforma SACE.