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Rio Negro chega a 14,29 metros e Amazonas enfrenta a quarta pior seca registrada

Média diária de descida das águas é de 12 centímetros. Pesquisadores apontam que nível das águas pode continuar baixando nesse ritmo por pelo menos mais uma semana.

Nesta terça-feira (10), o Rio Negro apresentou um nível de 14,29 metros, o que representa a quarta pior seca já documentada no estado do Amazonas.

Fica apenas a 66 centímetros da marca histórica de cheia de 2010, quando o rio atingiu 13,63 metros.

Nas últimas 24 horas, houve uma redução de 12 centímetros no nível das águas, e essa média tem se mantido constante nos últimos dias. Comparativamente, há exatamente um ano, o Rio Negro estava em 18,81 metros.

Além da estiagem atual, as três maiores secas registradas foram em 2010, com 13,63 metros; 1963, com 13,64 metros; e em 1906, com 14,20 metros.

Especialistas indicam que é provável que o nível das águas continue a diminuir a esse ritmo por pelo menos mais uma semana.

Veja o ranking das secas na capital, conforme dados do Porto de Manaus:

  1. 13,63 (2010)
  2. 13,64 (1963)
  3. 14,2(1906)
  4. 14,34 (1997)
  5. 14,42 (1916)
  6. 14,54 (1926)
  7. 14,74 (1958)
  8. 14,75 (2005)
  9. 14,97 (1936)
  10. 15,03 (1998)
  11. 15,04 (1909)
  12. 15,06 (1995)
  13. 15,62 (1915)
  14. 15,69 (1948
  15. 15,74 (1950)
  16. 15,86 (2009)
  17. 15,92 (2015)
  18. 15,96 (1961 e 2012)

A capital amazonense é uma das 60 cidades do Amazonas que estão sofrendo com a seca severa deste ano. Apenas dois municípios do estado, Presidente Figueiredo e Apuí, estão com níveis de água normais.

Com a cota registrada nesta segunda-feira ( 9), de14,41 metros, Manaus registrou a quinta maior seca desde o início do monitoramento do Rio Negro em 1902, no Porto de Manaus, onde uma régua diariamente mede o nível das águas. Em comparação com o mesmo período em 2010, o rio está 1,41 metro mais baixo.


Seca histórica já matou 141 botos no Lago de Tefé, no Amazonas

Com a seca histórica que o Amazonas vem enfrentando, subiu para 141 o número de botos encontrados mortos no Lago de Tefé, no interior do estado. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, as altas temperaturas e a estiagem têm afetado a vida dos animais.

Desde setembro, dezenas de botos-cor-de-rosa e tucuxis, que são uma outra espécie de golfinho de água doce, foram encontrados mortos no lago. O balanço é do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá.

Segundo os pesquisadores, a temperatura da água chegou a 40ºC no dia de pico de mortes, em 29 de setembro. Desde então, os animais vêm surgindo mortos no Lago de Tefé.

Até o momento, os registros incluem 120 botos-cor-de-rosa e 21 tucuxis mortos. Cerca de 124 foram submetidos a necropsias para confirmar a causa da morte. Inicialmente, as análises não revelaram indícios de um agente infeccioso como a causa primária da mortandade.

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