O nível do rio baixou para 22,76 metros (m) nesta segunda-feira (19), e está 2,51 m abaixo da marca da mesma data do ano anterior (25,27 m), quando registrou a maior vazante dos últimos 100 anos, de acordo com a medição do Porto de Manaus.
Na semana passada, o rio Negro, em Manaus, ficou mais de 90 centímetros (cm) abaixo da faixa da normalidade para o período, de acordo com o 33º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas, divulgado na última sexta-feira (16) pelo Serviço Geológico Brasileiro (SGB).
O Boletim do SGB mostra o comportamento atual dos níveis dos rios, em comparação aos dados observados nas respectivas séries históricas.
O rio Negro estava em processo de recessão com descidas médias diárias na ordem de 5 cm em São Gabriel da Cachoeira e Barcelos. Em Manaus, na estação do Porto, o rio Negro aponta declínios diários na ordem de 13 cm.
O rio Solimões, em Tabatinga, apresentava níveis considerados muito baixos para a época. Nas demais estações desta calha, registrou ao longo da semana, variações diárias mais acentuadas, com média de 16 cm em Fonte Boa, 26 cm em Itapéua e 17 cm em Manacapuru.
O rio Purus em Beruri registrou descidas mais acentuadas nesta semana, aponta uma
recessão média de 21 cm ao dia, sendo que esta estação apresenta níveis considerados baixos para o período.
O rio Madeira apresentou oscilações em Porto Velho ao longo da semana e no momento mantém os níveis da semana anterior; já em Humaitá registrou pequenas descidas diárias, na ordem de 4 cm, mas as cotas são consideradas baixas para a época.
O rio Amazonas continua em processo de vazante, registrando descidas na ordem de 8
cm em Parintins e 7 cm em Óbidos, onde os níveis estão abaixo do intervalo da normalidade para o período.
Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental do governo do Amazonas informou que 20 municípios estão em situação de emergência em consequência da forte vazante dos rios da região, afetando 111,9 mil pessoas, ou cerca de 27 mil famílias.
O número de pessoas e famílias afetadas pela estiagem no estado é dinâmico e baseia-se nas informações disponibilizadas pelos municípios que alimentam o S2iD – Sistema Integrado de Informações sobre Desastres da Defesa Civil.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informou que já realizou 296 embargos, totalizando 16.412,4109 hectares e aplicou multas no valor de R$ 81,345 mil com 274 autos de infração e 25 termos de apreensão lavrados, além de 150 prisões e detenções realizadas, por crimes ambientais, como queimadas e desmatamentos ilegais.
De acordo como governo estadual, de junho a até o dia 18 de agosto, mais de 7,9 mil focos de incêndio foram combatidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), sendo, 600 incêndios na capital e 7,3 mil no interior do estado.