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“Rock City”: R$ 250 mil são encontrados com executivo da Petrópolis

Walter Faria, controlador do grupo Petrópolis, ainda não foi encontrado, mas por enquanto não é considerado foragido pelo MPF

Coletiva da PF sobre operação “Rock City”.
Foto: Eduardo Matysiak/Futura Press/Folhapress

A deflagração da 62.ª fase da Lava Jato encontrou R$ 250 mil em espécie na casa de um dos executivos do Grupo Petrópolis. A informação foi dada pelo delegado federal Thiago Giavarotti durante a coletiva realizada nesta manhã (31), em Curitiba, sobre a operação chamada de “Rock City”.

Os procuradores da República Roberson Pozzobon e Felipe D’Elia Camargo, o superintendente Luciano Flores e o auditor fiscal Edson Suzuki, da Receita Federal, também participaram da entrevista.

“Encontramos, agora pouco, uma quantia de R$ 250 mil em espécie na casa de uma das pessoas presas temporariamente. A quantidade expressiva de contratos, que vão ser investigados pela Polícia Federal, também chamou a atenção”, disse o delegado federal Thiago Giavarotti.

WALTER FARIA

Foram emitidos cinco mandados de prisão temporária, todos para executivos do grupo empresarial. O outro mandado, de prisão preventiva, foi para Walter Faria, controlador do grupo Petrópolis. Ele não foi encontrado em sua residência, mas ainda não é considerado foragido pelo Ministério Público Federal (MPF).

“Não é a melhor nomenclatura neste momento. (A pessoa) é foragida quando temos certeza que ela tem conhecimento. Houve busca nos grupos empresariais no qual ele é responsável e não conseguimos alcaçá-lo em casa. Não temos certeza que ele tem conhecimento do mandado, mas foram cumpridos mandados na casa dele”.


completou Giavarotti.

Os detidos vão ser levados para a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde deverão interrogados.

OPERAÇÃO

A ‘Rock City’ aponta o Grupo Petrópolis como suspeito de disponibilizar dinheiro em espécie para que a Odebrecht pudesse efetuar pagamento de propinas e doações eleitorais não contabilizadas e no pagamento de propina na construção de navio-sonda da Petrobras.

Não foi informado quais partidos e candidatos se beneficiaram das doações, mas se sabe que o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi um deles. Preso pela Lava Jato, Cabral já havia citado o grupo Petrópolis em esquemas de propina em um de seus depoimentos ao juiz Marcelo Bretas.

FORÇA DA LAVA JATO

Um dos questionamentos que os procuradores e delegados receberam durante a coletiva foi sobre a situação da Lava Jato após o vazamento das mensagens entre procuradores pelo site The Intercept Brasil por meio de hackers.

São 84 dias desde a última fase da Operação Lava Jato. Foi nesse período que toda a Operação vai convivendo com críticas e questionamentos. No entanto, os procuradores insistiram que a Lava Jato ainda tem muito a desvendar.

“Essa fase reforça que a Lava Jato continua firme e forte o seu trabalho de combate à corrupção, de combate à lavagem de dinheiro e de recuperação de valores aos cofres públicos”, disse o procurador Felipe D’Elia Camargo.

Já o delegado Thiago Giavarotti reforçou o discurso. “Enquanto for mantida essa parceria republicana entre PF, MPF e Receita Federal, a Lava Jato dá claros indícios que tem um longo caminho a percorrer no combate aos crimes de corrupção e desvios de recursos públicos”.

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