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Ataque das tropas russas contra a Ucrânia já deixou 50 mortos

Putin justificou ação militar para proteger separatistas no leste e ameaçou quem tentar interferir. ONU pediu que ele recue e Biden disse que guerra será catastrófica

Rússia atacou a Ucrânia nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24). Uma operação militar nas regiões separatistas do leste ucraniano, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país. 

Autoridades da Ucrânia informaram que pelo menos 50 pessoas morreram e seis aviões teriam sido destruídos.

Na manhã desta quinta, longas filas se formaram nas principais avenidas de Kiev com moradores tentando deixar a região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou a população para defender o país e disse que “cidadãos podem utilizar armas para defender território”.

Moradores de Kiev deixam a cidade após ataques de mísseis das forças armadas russas e de Belarus, em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na Ucrânia.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

Segunda onda de ataques

A Ucrânia está sendo atingida por uma segunda onda de mísseis, de acordo com um assessor próximo do presidente Volodymyr Zelensky. Um correspondente da agência de notícias Reuters ouviu uma série de explosões em Kiev às 12h no país (cerca de 7h de Brasília).

Um dirigente do Ministério do Interior da Ucrânia disse que centros de comando em diversas cidades, inclusive Kiev, foram alvos de ataques por mísseis.

De acordo com dirigentes do governo da Ucrânia, a primeira onda de bombas começou pouco depois do anúncio feito pelo presidente Vladimir Putin de que seria iniciada uma operação militar.

Presidente ucraniano pede para pessoas usarem armas

Tanque ucraniano é visto na região de Kharkiv, na Ucrânia (Foto: REUTERS/Antonio Bronic)

Horas após o ataque, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, concedeu uma entrevista coletiva liberando o uso de armas para “defender o território“. Ele pediu doação de sangue e afirmou que todos que estivessem preparados para defender o país deveriam se apresentar às forças militares. Veja algumas das principais frases.

Não temos oponentes políticos agora. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso e defendemos nossa liberdade… Nós temos armas defensivas para defender nossa soberania… Qualquer pessoa, esteja pronta para defender seu Estado em praças ou cidades Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia

Reação do mercado financeiro

Os mercados asiáticos, europeus e os mercados futuros dos Estados Unidos despencaram após a operação militar russa na Ucrânia. Os investidores analisam como a invasão da Ucrânia vai impactar a economia na Europa. A Rússia é um dos principais fornecedores de gás natural do continente. A Alemanha anunciou a suspenção da certificação do gasoduto Nord Stream 2, o que deve impactar os preços.

Os investidores também temem que a ação militar eleve os preços do petróleo

Rússia x Ucrânia

A crise mais recente entre a Rússia e a Ucrânia teve início quando os russos começaram a acumular militares em regiões próximas da fronteira entre os dois países, já no fim de 2021. Inicialmente, os russos negaram que tinham pretensões de invadir o país vizinho. No entanto, em 21 de fevereiro, o presidente Vladimir Putin tomou duas decisões:

  • Reconheceu as regiões de Donetsk e Luhansk como repúblicas independentes da Ucrânia;
  • Autorizou o envio de militares russos para ‘manter a paz’ nas regiões separatistas da Ucrânia.

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