
Um cessar-fogo temporário e parcial das forças russas em torno da cidade ucraniana de Mariupol foi anunciado neste sábado, mas a trégua, que permitiria que civis deixassem a cidade durante um período de cinco horas, não foi cumprida, e a prefeitura adiou a retirada da cidade.
A decisão de dar um tempo nos combates é resultado da terceira reunião de negociação entre a Ucrânia e a Rússia em meio à guerra entre os país. O presidente russo Vladimir Putin decidiu fazer um cessar-fogo parcial em sua invasão militar no país vizinho.
Segundo a agência de notícias russa RIA, os civis poderiam deixar Mariupol e Volnovakha entre meio-dia e 17h (das 9h às 14h no horário de Brasília). Além disso, suprimentos e medicamentos também poderiam chegar à cidade durante o período.
Mas, apesar de a Rússia garantir que as tropas que cercaram a cidade portuária do Mar de Azov, no Sul da Ucrânia, suspenderiam os disparos, o cessar-fogo não foi cumprido e o prefeito de Mariupol, Vadim Boichenko, adiou a retirada de seus cidadãos.
A interrupção dos ataques foi acertada para garantir a saída de civis da cidade de Mariupol que ficam ao sul do país, no litoral ucraniano, região que tem sido foco de Putin nos últimos dias.
Mesmo que a Rússia afirme que o cessar-fogo durante este sábado esteja garantido, autoridades das duas cidades ucranianas estão denunciando que os ataques continuam a acontecer.
Segundo a agência de notícias Reuteres, a prefeitura de Mariupol disse que a Rússia não estava cumprindo o cessar-fogo e pediu aos moradores que retornem aos abrigos e aguardem mais informações sobre a evacuação.
Em resposta, o Ministério da Defesa da Rússia acusou “nacionalistas” ucranianos de impedir a saída de civis, informou a agência de notícias RIA.