Amazonas começa o último ciclo do plano de reabertura do comércio não essencial na capital do estado. Algumas atividades, como cinemas e escolas públicas, continuam fechadas

O quarto e último ciclo do plano de reabertura gradual do comércio e atividades não essenciais em Manaus terá início nesta segunda-feira (6). A flexibilização da quarentena na capital começou no dia 1º de junho, mas apesar de autorizados, alguns setores não voltam a funcionar: como os cinemas escolas públicas.
A previsão é que as salas continuem vazias por um período ainda indefinido. As principais redes de cinema nacionais, como a Centerplex, Cinépolis, Cine Araújo, Cinemark, Kinoplex, Playarte e UCI, que atuam em Manaus, optaram por não reabrir as portas amanhã (6).
Escolas públicas estaduais e municipais também não voltam, com prazos ainda a serem definidos. A rede estadual está trabalhando no retorno com a implantação de normas e distanciamento no ambiente escolar e, a partir dos dia 20, pode acenar com uma data para o retorno das atividades. Algumas escolas particulares começam a funcionar nesta segunda.
Ainda nessa última fase do plano, bares, casas de shows e eventos ainda não reabrem. Para essas atividades, ainda não há data.
Fases do plano gradual de abertura
Desde 1º de junho, atividades econômicas em três primeios ciclos do plano tiveram o atendimento ao público permitido. A medida acompanha a redução nos números da Covid-19 no Estado, que registrou queda nas taxas de internações pela doença por seis semanas seguidas, atualmente abaixo de 50% a ocupação de leitos nos hospitais da cidade.
O 4º ciclo da retomada econômica no Estado é o primeiro que permite o retorno às atividades de integrantes dos grupos de risco (pessoas acima de 60 anos, por exemplo), exceto se não for permitido por ordem médica.
Veja o que reabre
- Creches, escolas e universidades da rede privada
- Cinema estão liberados (com 50% da capacidade), mas não reabrem
- Outras atividades não contempladas nos ciclos anteriores
Apesar da reabertura do comércio, o decreto nº 42.330, de 28 de maio de 2020, estabelece que medidas sanitárias devem ser seguidas para garantir a segurança da população, respeitando as medidas de distanciamento social, uso de máscaras, utilização de álcool em gel, adesão aos procedimentos de higiene pessoal, limpeza e sanitização de equipamentos e ambientes. No interior do estado, o retorno das atividades fica a critério de cada prefeitura.
Durante a pandemia, o Amazonas chegou a figurar entre os piores cenários da doença no Brasil. Diante do colapso no sistema de saúde, as mortes em Manaus ficaram 108% acima da média histórica, com caixões enterrados empilhados, em valas comuns, no maior cemitério público da capital.
No mês de junho, a capital amazonense apresentou redução de 60%, em três meses, no número de sepultamentos e cremações. Também em junho, houve o fechamento do hospital de campanha de Manaus, após zerar o número de pacientes de Covid-19, e o sistema público de saúde, que chegou a operar com quase 100% de ocupação, atende com cerca de 60% de leitos ocupados.