Após cirurgiões, hoje os profissionais da cooperativa Serviços de Enfermagem e Gestão em Saúde do Amazonas cruzaram os braços , no Instituto da Criança do Amazonas.
Enfermeiros e técnicos de enfermagem ligados a cooperativa Serviços de Enfermagem e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam), responsável por prestar atendimento em todo o Amazonas, se manifestaram e paralisaram suas atividades por duas horas, na manhã desta terça-feira (6), no Instituto da Criança do Amazonas (Icam), no bairro Cachoeirinha, zona sul da capital. O motivo, de acordo com eles, são quatro meses de salários e vale-transportes atrasados por falta de repasse do governo do Estado.
A cooperativa Segeam, que possui cerca de 5 mil profissionais, assumiu as urgências e emergências dos pronto-socorros da capital e hospitais do Estado após vencer processo de licitação.
Segundo Graciete Moutinho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados da Saúde (Sindipriv), a situação nos hospitais está precária com ausência de profissionais que não tem vale-transporte e por falta de insumos para trabalhar. “Por falta de profissionais a população está sem a assistência necessária, porque os enfermeiros e técnicos não tem dinheiro para trabalhar. São equipamentos quebrados, é uma crise geral. Todos os hospitais estão em uma situação caótica. Estamos no nosso limite e queremos providências”, comentou ela.
Após as duas horas de manifestação, os profissionais voltaram aos atendimentos, mas a presidente do Sindipriv adiantou a categoria irá se reunir nesta tarde (6), na sede do sindicato para organizar novas paralisações em outros hospitais, também com duração de duas horas. Entre as unidades de saúde estão João Lúcio, Balbina Mestrinho e maternidades.
Cirurgiões –Nesta segunda-feira (5), o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Leoney Figliuolo Harraquian deu prazo de dez dias para que o Estado do Amazonas pague os valores devidos ao Instituto de Cirurgia do Amazonas (Icea), sob risco de bloqueio das contas. A decisão atende solicitação do instituto.
O valor total devido soma R$ 8,2 milhões e corresponde a 90 dias de pagamentos atrasados. Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informou, nesta segunda, que ainda “não foi notificada, mas que irá recorrer da decisão”.