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Saques da poupança superam depósitos em R$ 12bilhões em outubro

A caderneta de poupança registrou nova saída recorde de recursos em outubro. Dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo BC (Banco Central) mostram que as retiradas superaram as aplicações em R$ 12,157 bilhões no mês passado, superando o saque líquido de R$ 11 bilhões em outubro de 2022, que era até então o pior resultado para o mês na série histórica, iniciada em 1995.

No mês passado, foram aplicados na poupança R$ 321,792 bilhões, enquanto R$ 334,130 bilhões foram sacados pelos brasileiros. Considerando o rendimento de R$ 5,631 bilhões, o saldo total da caderneta somou R$ 961,763 bilhões no fim de outubro.

Em setembro, houve saques líquidos de R$ 5,835 bilhões. Em 2023, com apenas um mês do ano (junho) com resultado positivo, o saque acumulado da poupança é de R$ 98,285 bilhões.

No ano passado, o saldo foi negativo em R$ 103,237 bilhões, o pior ano na história da poupança, considerando a série iniciada em 1995.

Atualmente, com a taxa Selic a 12,25% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), hoje em 0,1068% ao mês (1,2892% ao ano), mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano).

Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita pela TR mais 70% da taxa básica de juros.

Falta de hábito

Além de não ser um hábito do brasileiro em economizar, ele também não costuma diversificar o investimento. A preferência pela poupança tem representado perdas com a queda nos juros e uma mudança no cálculo do rendimento ocorrido há três anos.

‘A poupança Selic, que é a taxa de referência de juros no mercado, quando está abaixo de 8%, rende 70% dessa taxa e mais uma taxa referencial, ou seja, não rende praticamente nada. Temos outros ativos seguros no mercado de investimentos e que rendem muito mais’, explica a especialista

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