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Satélite brasileiro Amazonia 1 já está em órbita

Direto do Centro de Lançamento Satish Dhawan Space Centre, em Sriharikota, na Índia, o satélite Amazonia 1 foi lançado exatamente às 10h24 (hora local) e 1h54 (horário de Brasília).

Sem imprevistos, a operação foi um sucesso e o primeiro satélite de observação da Terra totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil já está no espaço, situado numa altitude média de 752 km acima da superfície terrestre. Veja o lançamento:

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), Carlos Moura, que integra a comitiva do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, acompanhou o lançamento direto da Índia. Presente também no lançamento o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), Clezio de Nardin.

Ao final do lançamento o ministro Pontes comentou a importância da missão para o Brasil. “O satélite será fundamental para o monitoramento da Amazônia e outros biomas no Brasil, além de inaugurar uma nova era para a indústria brasileira de satélites”, ressaltou.

O diretor do Inpe/MCTI, Clezio de Nardin, também comemorou o sucesso do lançamento, “um dos marcos mais importantes do desenvolvimento de um satélite”, e confirmou a execução de procedimentos fundamentais para a operação do aparelho.

“O satélite executou as primeiras atividades previstas, como a abertura do painel solar, a estabilização de sua orientação em relação à Terra, a verificação preliminar de seus subsistemas e a colocação no modo de prontidão. Iniciamos, neste momento, a fase de teste para verificação do satélite e ajustes de sua câmera, o que permitirá obter a primeira imagem de alta resolução gerada pelo Amazonia 1”, disse.

O Amazonia 1 é o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação, junto com os CBERS 4 e 4A. O equipamento integra a Missão Amazonia, que tem por objetivo fornecer dados de sensoriamento remoto para observar e monitorar especialmente a região amazônica, além de monitorar a agricultura no pais, a região costeira, reservatórios de água e florestas (naturais e cultivadas).

Existe ainda a possibilidade de uso para observações de possíveis desastres ambientais. A Missão pretende lançar, em data a ser definida, mais dois satélites de sensoriamento remoto: o Amazonia 1B e o Amazonia 2.

Entre os ganhos tecnológicos que a missão deverá render ao país, destacam-se a consolidação do conhecimento do Brasil no ciclo completo de desenvolvimento de satélites, o desenvolvimento da indústria nacional dos mecanismos de abertura de painéis solares, o desenvolvimento da propulsão do subsistema de controle de atitude e órbita na indústria nacional, e a consolidação de conhecimentos na campanha de lançamento de satélites de maior complexidade.

Transmissão ao vivo

A Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/Mcti), realizou uma transmissão ao vivo repleta de vídeos, imagens e comentários de especialistas que participaram do projeto Amazonia 1.

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