Dr. Paulo Mourão

A saúde do bebê começa a ser estabelecida enquanto ele ainda está dentro da barriga da mãe. Há diversas situações relacionadas à higiene da boca que podem interferir diretamente no desenvolvimento do feto.
As gestantes constituem risco temporário de problemas odontológicos, devido às mudanças psicológicas, físicas e hormonais que criam condições adversas no meio bucal.
A gravidez por si só já eleva a propensão a certos problemas bucais. Isso porque as alterações hormonais fazem com que haja uma dilatação dos vasos sanguíneos, tornando maiores as chances de inflamações, como a gengivite.
Além disso, as variações hormonais , diminuem o efeito protetor da saliva, o que aumenta a acidez na boca, facilitando a desmineralização dos dentes e a formação de cáries.
No primeiro trimestre da gravidez e após a trigésima semana, alguns tratamentos dentários podem não ser recomendados, tornando ainda mais importante as ações de prevenção.
As gestante que tem enjoos e vômitos, em especial no primeiro trimestre da gestação, é preciso cuidar ainda mais da saúde bucal. Isso porque há um aumento do fluxo de ácidos provenientes do aparelho digestivo, afetando os dentes.
As grávidas devem ter sua saúde bucal em dia, pois as bactérias da boca podem invadir o sistema circulatório e aderir à placenta, ocasionando partos prematuros e a perda de peso do feto.
O acompanhamento odontológico desde o início da gravidez até o parto e posteriormente a ele, é importante para detectar quaisquer alterações, como, por exemplo um freio lingual muito curto que prejudique a amamentação. Além disso, é importante para os pais já aprenderem como realizar a higiene oral do bebê o quanto antes.
Por isso, não deixe de agendar a consulta ao dentista se estiver planejando engravidar ou mesmo durante a sua gestação.
*Dr. Paulo Mourão é cirurgião-dentista do Sustema Hapvida
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