
Região onde os rios são as estradas naturais, embarcações estão proibidas de navegar a noite pelos três principais rios do Amazonas: Madeira, Solimões e Amazonas, de acordo com Portaria de Nº 158 baixada pela Marinha Brasileira, no último dia 18, com base nas informações da Agência Nacional de Águas (ANA) – leia Portaria na íntegra no fim da matéria.
De acordo com o documento assinador pelo comandante da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental em Manaus, Capitão-de-Mar-e-Guerra Jorge de Oliveira Antunes Júnior, a medida foi tomada por causa da seca nos rios da região.
A determinação afeta principalmente os navios de carga geral e balsas transportando combustível, considerado pela corporação como “de elevado potencial poluidor”. “A esses valores de FAQM (Folga Abaixo da Quilha) deverão ser
acrescidos os Fatores de Segurança a fim de que seja estabelecida necessária para navegação segura, por uma área considerada crítica”, diz um artigo da Portaria, que recomenda valores de 0,5 e 1,0 metro de folga.
A medida afeta a economia que tem insumos e produtos transportados por via fluvial em que as embarcações terão o tempo de duração das viagens dobrados.
De Porto Velho a Manaus pelo Rio Madeira, que atualmente leva de três a quatro dias, serão mais longas. A hidrovia, que é uma alternativa para a lendária BR-319, deixa refém o transporte de soja do Centro-Oeste brasileiro para exportação pelo porto de Itacoatiara, além de outros produtos essenciais para a população.
Pelos rios Amazonas e Solimões também chega o petróleo cru para refino na refinaria de Manaus, além do que é produzido no campo de Coari, o que afetar o abastecimento. Navios também chegam a Manaus com produtos para o comércio local de outros portos, como o de Santos.