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Seca pode trazer desabastecimento de gás de cozinha em Manaus

Por causa da seca dos rios, os navios tanques que transportam o produto (GLP-Gás Liquefeito de Petróleo) de Coari até a capital estão com dificuldade na navegação.

Agosto foi o mês mais quente da história no Brasil. O Amazonas é um dos afetados pela seca, está com os 62 municípios em estado de emergência há uma semana, por decreto do governador Wilson Lima (União). Cerca de 300 mil pessoas foram afetadas até o momento pela estiagem, segundo o governo estadual. Com os rios secos, toda economia local é afetada.

Um dos problemas em vista é o desabastecimento de gás de cozinha em Manaus. Os navios que fazem o transporte do gás liquefeito de petróleo (GLP) para a capital amazonense podem parar por falta de navegabilidade.

O abastecimento das indústrias da Zona Franca de Manaus também preocupa. O governo estuda realizar o transporte em balsas nos trechos onde a água está mais baixa.

Essa alternativa logística está sendo tratada com a Transpetro, empresa responsável pelo carregamento do combustível.

Para o transporte de contêineres, que abastecem as indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM) com insumos, o governo estuda como alternativa descarregar os navios em embarcações menores equipadas com guindastes para retirar as cargas.

O governo também está ciente de que ambas intervenções logísticas vão provocar aumento no preço dos insumos. Outra preocupação é com o desabastecimento generalizado da capital amazonense.

A saída é manter o fornecimento de itens por meio do porto de Itacoatiara, município próximo a foz do rio Amazonas e que tem ligação rodoviária com a capital (176 quilômetros).

O governo estadual instalou no município dois portos provisórios que serão utilizados para o embarque e desembarque de cargas e insumos durante a vazante dos rios do estado.

Os portos são uma alternativa para evitar prejuízos e desabastecimento de produtos para a indústria e comércio do Amazonas durante o período da seca.

“O objetivo de colocar essas estruturas aqui é para que a navegação com contêineres que levam insumos para a Zona Franca, e que saem com produtos para o restante do Brasil, não seja interrompida.

É claro que existe um custo dessa operação, mas diminui e muito o impacto do prejuízo se comparado com o que aconteceu no ano passado, quando os terminais ficaram praticamente dois meses parados sem operação nenhuma”, afirma o governador Wilson Lima.

Governo Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca esta semana no Amazonas para visitar áreas atingidas pela seca extrema e anunciar mais dinheiro e um plano para combate à estiagem. É a primeira viagem presidencial ao estado nesse terceiro mandato.

Na terça-feira (10), Lula visita Tefé (AM), para um sobrevoo sobre área da região amazônica afetada pela falta de chuvas. O rio Solimões chegou ao nível mais baixo da história, na última semana. Os cursos de água são essenciais para toda economia do estado.

Lula retorna de Tefé para Manaus, onde tem encontro marcado com prefeitos das regiões mais atingidas. O presidente deve apresentar um plano emergencial contra a seca e anunciar crédito extraordinário para os municípios.

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