Portal Você Online

Segmento madeireiro cresce no PIM e faturamento chega R$ 56,05 milhões neste ano

Presidência do Sinduscon explicou que o crescimento no polo madeireiro do PIM é reflexo direto do alta dosetor da construção civil na região. De janeiro a setembro, o segmento registrou 38,7% de elevação no total de vendas em relação ao mesmo período de 2024.

O segmento madeireiro foi o que mais cresceu no Polo Industrial de Manaus (PIM) até setembro de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o faturamento do ramo atingiu R$ 56,05 milhões de janeiro a setembro, quase a totalidade de todo o faturamento de 2024 (R$ 56,54 milhões), um aumento de 38,77%.

O crescimento registrado até setembro quase anula as quedas ocorridas no mesmo período dos últimos dois anos que, somadas, chegam a 48,3%. Embora não seja um dos maiores representantes do faturamento da Suframa (apenas 0,03% do total geral até agora), o crescimento do polo madeireiro foi maior que o dos principais carros-chefes do PIM.

De acordo com os dados, entre os campeões de faturamento, o maior crescimento até setembro em relação ao mesmo mês de 2024 foi o polo de Duas Rodas (23,16%), seguido por Mecânico (20,3%), Metalúrgico (17,47%), Químico (14,64%), Termoplástico (4,99%), Eletroeletrônico (3,65%) e Bens de Informática (0,5%).

Por outro lado, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, destacou que, apesar do aumento registrado em comparação a 2024, o faturamento acumulado deste ano é inferior a 2021 e 2022 e está no mesmo patamar de 2023. De fato, em setembro de 2021, o faturamento do segmento foi de R$ 64,1 milhões, enquanto em 2022 foi de R$ 70,3 milhões.

 Dentro das normas

 “Todas as indústrias incentivadas, obrigatoriamente, são certificadas e obedecem aos normativos ambientais e legais. Trata-se de um pressuposto básico para a aprovação dos projetos e manutenção do tratamento favorecido. Hoje, o segmento emprega, diretamente, 758 pessoas. São empresas de capital majoritariamente nacional e com altíssimo impacto positivo nas áreas do Estado que mais necessitam”, disse.

Segundo ele, o polo madeireiro da Suframa tem sua produção focada em madeira beneficiada (que já passou pelos processos de corte e acabamento), madeira serrada e artigos de madeira para a construção civil e outras aplicações.

 Construção civil

 O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), Frank Souza, afirmou que o resultado do segmento é reflexo direto do crescimento do setor da construção civil na região. Somente no ramo habitacional, houve um aumento de 43% nos últimos 12 meses “impulsionado por maiores verbas do governo federal no Minha Casa, Minha Vida e do programa Amazonas Meu Lar no Estado, subsidiando moradias”, além de maior procura por produtos regionais certificados.

“A maior parte dessa madeira é destinada a estruturas, formas e esquadrias, menor uso para forros e revestimentos utilizados em obras residenciais e industriais de Manaus e do interior. Esse movimento mostra que a cadeia da madeira está cada vez mais integrada ao setor da construção, com destaque para empresas que investem em tecnologia e certificação de origem”, disse.

Frank Souza ressaltou que a maior parte da matéria-prima de madeira vem de áreas manejadas legalmente no interior do Amazonas, em especial nos municípios de Itacoatiara, Manicoré e Maués, além de fornecedores do Pará e outras áreas do Brasil que possuem manejo florestal autorizado pelos órgãos ambientais.

Apesar dos avanços, o presidente do Sinduscon-AM aponta ainda a existência de gargalos no setor como “a logística de escoamento, o alto custo do transporte fluvial e rodoviário, além da necessidade de ampliar a regularização fundiária para implantação de novas áreas de manejo, assim como suas devidas licenças ambientais e a fiscalização para garantir que toda a cadeia opere dentro dos padrões legais”.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *