
A recomendação de evitar a ingestão de álcool e remédios por 42 dias após receber a vacina russa dada pela vice primeira-ministra do país, Tatiana Golikova, no início do mês rodou o mundo e causou polêmica. A restrição, contudo, não precisa ser tão rígida.
O diretor do Instituto Gamaleya, Alexander Gintsburg, afirma que seis dias sem beber são suficientes. Em entrevistas concedidas na quarta-feira (9), o líder da equipe que desenvolveu a fórmula da Sputnik V amenizou o impacto da fala de Tatiana Golikova.
Apesar de admitir que o consumo excessivo de álcool trabalha contra o sistema imunológico – diminuindo a eficácia de qualquer vacina ou medicamento -, Alexander Gintsburg suavizou.
“Uma taça de champanhe não machuca ninguém”, comentou. A recomendação seria, segundo ele, “de uma limitação razoável de consumo até que o corpo tenha formado sua própria resposta imunológica à infecção por coronavírus”.
Início da vacinação
A vacina Sputnik V começou a ser aplicado na população no último dia 5. O imunizante é administrado em duas injeções, com a segunda dose prevista para ser administrada 21 dias após a primeira.
A média de idade das pessoas que estão recebendo a vacina contra o coronavírus no país é de 60 anos. Pacientes com comorbidades, grávidas e pessoas que tiveram uma doença respiratória nas últimas duas semanas não estão sendo vacinadas.
A Rússia registrou na quarta-feira 26.190 novos casos de Covid-19, incluindo 5.145 em Moscou, elevando o total nacional para 2.541.199 desde que a pandemia começou. Autoridades disseram que 559 pessoas morreram nas últimas 24 horas, empurrando o número oficial de mortos para 44.718.
(Com informações da Agência Estado)