
No Amazonas, escolas de 19 dos 62 municípios – cerca de um terço do total do estado – tiveram o aprendizado afetado por problemas na navegação.
São 4,3 mil alunos da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar do Amazonas (Seduc-AM) sem aula presencial.
A Seduc-AM afirmou que os alunos da rede estão tendo acesso a aulas remotas e ao “kit merenda” com 14 itens alimentares entregues às famílias dos estudantes.
Cenário de seca
A temporada de chuvas foi afetada pelo El Niño, que fez com que os volumes de precipitações da estação chuvosa iniciada em 2023 fosse menor. Antes que os níveis dos rios da região Norte chegassem a níveis críticos, as queimadas assumiram a figura de grande vilão. No ano, o bioma Amazônia contabiliza 109.926 queimadas do início do ano até a última quinta-feira (10).
O número é 66% maior que o registrado no mesmo período de 2023. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Tanto fogo deixou cidades do Norte encobertas pelos resquícios da floresta consumidos pelo fogo, especialmente no fim de agosto e início de setembro.
O fenômeno foi observado por satélites que registraram o deslocamento da poluição para Centro-Oeste e Sudeste do país, principalmente.
A seca na Bacia Amazônica é considerada a pior em 45 anos, conforme o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Primeiras chuvas
Monitoramento do Serviço Geológico do Brasil revelou que, mesmo após as primeiras chuvas no Norte do Brasil, o Rio Solimões continuou baixando.
“Na estação de Tabatinga (AM), o rio tem descido uma média de 8 cm por dia. Em Fonte Boa (AM) e Itapéua (AM) são registradas descidas de 2 cm diários. As estações registraram mínima histórica de 7,19 m e -29 cm, respectivamente. Em Manacapuru (AM), o rio segue declinando cerca de 7 cm por dia, e o último dado observado indica a mínima histórica de 2,13 m”, revela trecho de boletim.