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Sem documentos: Amazonas é o segundo Estado do País com mais registros tardios de crianças

Mais de 14% das crianças registradas em 2022 receberam a certidão de nascimento fora do ano em que nasceram, revela estudo do IBGE.

Os dados do Registro Civil de 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta semana mostram que o Amazonas foi o segundo Estado do País com maior porcentual de registro tardios de pessoas nascidas vivas.

Naquele ano o Amazonas registrou o nascimento de 78.976 pessoas, dos quais 85,7% (67.714) nasceram no ano em que tiraram a Certidão de Nascimento, e outros 14,2% (11.260) foram pessoas que nasceram em anos anteriores e entraram nas estatísticas dos chamados “registros tardios”. Nesse grupo, o Amazonas ficou atrás apenas do Amapá.

Essa situação do Estado, que segundo o IBGE prejudica a vida da criança sem documento, é puxada principalmente pelos municípios do interior. Em 2022, somente 12 dos 62 municípios do Estado tiveram ao menos 10% de registro tardios.

Os municípios de Careiro, Japurá e Santa Isabel do Rio Negro tiveram até 44% de pessoas registradas e que nasceram antes de 2022. Em Barcelos, Caapiranga, Manaquiri e Pauini o percentual ficou entre 30% e 38%. Já em Manaus, o percentual de registro ,fora da época adequada, foi de 10%.

“Há municípios em que o percentual de registros tardios foi acima de 40%, o que colabora fortemente para a desconfortável posição estadual. Legalmente os pais têm 15 dias para providenciarem a Certidão de Nascimento dos filhos recém-nascidos. Há maternidades que o recém-nascido já sai com a Certidão de Nascimento”, diz o chefe de Disseminação de Informações do IBGE, Luan da Silva Rezende.

Sem a certidão de nascimento, a criança pode ter dificuldades, por exemplo, de receber as vacinas do ciclo básico e que são aplicadas ainda no primeiro ano de vida. Se ficar sem o documento por um ano, a dificuldade será acessar o sistema educacional, por exemplo tendo vaga em creches.

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