
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou nesta quinta-feira (28) que a diretora da Escola Pública Municipal CMEI Hermann Gmeiner (Aldeia SSO), bairro do Alvorada, Paula Vascolcelos Pereira de 50 anos, foi afastada da função – após ser presa por suspeita de ter furtado, 30 ar condicionados, (evaporadores e condensadores) da instituição que dirigia.
O marido dela, Walciney Soares Pereira também foi detido e confessou que os aparelhos eram da escola.
De acordo com o delegado Gesson Aguiar, do 17º Distrito Integrado de Polícia (DIP), as equipes de investigação receberam uma denúncia anônima informando que os aparelhos foram furtados da escola onde a mulher trabalhava.
Os agentes foram ao local e conversaram com a gestora, que, segundo a polícia, se mostrou nervosa e negou as acusações. A gestora, mais tarde foi até a delegacia e reclamou da acusação.
No entanto, ao checar o enderaço apontado pelos denunciantes como o local onde os aparelhos de ar-condicionado furtados eram armazenados – foram encontraram mais de 30 aparelhos, além do marido da diretora, que confessou que os itens eram da escola.
“Ele disse que pagou um frete para levar esse material todo para a casa dele. Lá, nós chamamos o rapaz do frete e ele veio aqui e prestou a declaração dizendo que já havia feito diversos outros fretes para retirar o material de lá”, afirmou o delegado.
Os policiais também tiveram acesso a um aplicativo de mensagens dos suspeitos. Conforme a polícia, pelo app, eles negociavam a retirada dos aparelhos e a venda para terceiros.
Na delegacia, a diretora e o marido foram flagranteados: ela pelo crimes de peculato, que é furto de bem ou valor por um funcionário público, e ele por receptação. A dupla deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (28).
Semed
A Semed informou, em nota, que a diretora “foi imediatamente afastada da função de gestora da escola”. Segundo a secretaria, um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) também foi aberto para apurar o caso. “A Semed está prestando todo apoio, com informações para o prosseguimento das investigações”, afirma um trecho da nota.
Também em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) disse lamentar o ocorrido na escola e esperar celeridade na apuração do caso.
“E que os culpados sejam punidos. Trata-se de desvio de dinheiro público da educação e sabemos que qualquer quantidade a menos faz falta para o objetivo fim”, diz o texto.