Quatro homens foram presos em Manaus nesta quarta-feira (13) suspeitos de envolvimento no sequestro do médico oncologista Fábio Medeiros, na noite da última terça-feira (12), quando ele saia do plantão. Um dos suspeitos é o porteiro do hospital, Odenir Pinheiro de Oliveira, de 41 anos, onde o médico trabalha.
Além deele foram presos, Rodrigo de Carvalho de Souza, mais conhecido como Alma, de 29 anos, e de Thalys Gabriel da Costa Gama, de 21 anos.
O delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestro, disse que Fábio Medeiros foi abordado pelo grupo e foi levado no carro dele.
“O grupo levou o veículo e se desfez do automóvel. E o primeiro grupo, que estava com o médico, o levou para um cativeiro.
Eles partiram para a Compensa [bairro na zona centro-oeste] e lá, eles tentaram fazer transferências bancárias”, disse o delegado em entrevista coletiva nesta quinta-feira (14).
Segundo Ricardo Cunha, o porteiro devia dinheiro para um agiota e indicou o oncologista para roubá-lo. O suspeito foi quem abriu o portão do hospital para os sequestradores.
“Ele [Odenir] devia R$ 7 mil reais para um agiota da Compensa. E um desses soldados, como são chamados no mundo do crime, o abordou em determinado dia para ele apontar para eles praticarem um roubo. Então, ele apontou exatamente esse médico. O Odenir utiliza como defesa que sua família estava em risco, por isso, ele praticou todos esses atos. Mas, foi graças a ele que esses sequestradores puderam estudar a rotina da vítima”, disse o delegado.
Ricardo Cunha disse que os sequestradores pediram R$ 150 mil dos familiares do médico para que ele fosse liberado, mas o resgate de Fábio Medeiros ocorreu antes que as transferências fossem feitas.
“O local em que ele estava era muito inabitado. Uma área de rip-rap e muito alagada. De muitas casas feitas de madeiras.
Então, pelo fato da área ser feita de madeira qualquer disparo nosso poderia atravessar várias casas”, informou o coordenador da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais da PC, Juan Valério.
