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SES-AM diz que 1º caso de Varíola dos Macacos preocupa

Após a confirmação do primeiro caso de Monkeypox, ou Varíola dos Macacos, no Amazonas, a Secretaria de Estado e Saúde (SES-AM) disse que é preocupante que a doença esteja se proliferando no que foram chamadas de “regiões não-endêmicas”, locais tecnicamente diferentes e menos propícios para a disseminação da doença em comparação com o seu local de origem.  

“É preocupante ele estar se proliferando nas chamadas regiões endêmicas, e o que ele pode estar fazendo futuramente. Não podemos deixar se alastrar. Por mais que tenhamos uma doença tecnicamente leva, não podemos deixar uma quantidade enorme de pessoas sejam contaminadas”, disse o secretário em coletiva de imprensa realizada nesta semana, na sede da SES-AM. 

Ainda que manifeste preocupação, Anoar Samad afirma que a taxa de transmissibilidade e virulência da Monkeypox são tidos como baixos, principalmente em relação da Covid-19. 

“Quando se fala de uma doença desse tipo, a primeira coisa a se prestar a atenção é a virulência e agressividade, que no caso deste vírus é muito baixa. Outro ponto é a transmissibilidade, que também é muito baixa, necessitando de um contato sexual íntimo”, afirma o titular da SES-AM. 

O primeiro caso confirmado de Varíola dos Macacos no Amazonas é de um homem, que esteve na Europa no início deste mês. De acordo com o Secretário de Saúde, o homem contaminado apresentou os sintomas da doença ainda no dia 6 de julho, em Portugal, e buscou ajuda no serviço de saúde do país. No dia 20 ele retornou ao Brasil, e já em Manaus, ainda apresentando tais sintomas, buscou ajuda em Manaus, onde o caso da doença foi confirmado. 

Como não houve necessidade de internação, o paciente encontra-se em isolado em casa, e recebe acompanhamento médico. Um segundo teste com o paciente foi realizado e os exames estão sendo aguardados. 

Até o momento, a principal medidas de combate à doença é o isolamento das pessoas contaminadas, não havendo um protocolo estadual a ser seguido. 

“O tratamento é sintomático, porque as lesões são dolorosas. Então nesse período [de contaminação com a doença é tomar] é analgésico. [deve-se evitar] medicações que podem causar hemorragia, até a aspirina mesmo, além dos anti-inflamatórios. O período de encubação pode demorar de cinco a 21 dias. O último passo da lesão são as crostas, e quando elas estão cobertas (ou saradas) quando podemos dizer que a pessoa não transmite mais a doença”, relata Samad. 

Sobre a doença 

O balanço mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que a varíola dos macacos já se espalhou por 78 países e tem mais de 18 mil casos notificados, dos quais a maioria (98%) é entre homens. Ainda segundo a Organização a maioria dos casos da doença estão entre homoafetivos e bissexuais, o que segundo a SES-AM deve ser analisado com cuidado. 

“Temos que tomar cuidado para não estigmatizar, assim como na década de 1980, com a AIDS, não isso. Mas nós não podemos também fugir dos dados e esse surto está se comportando dessa maneira. Não podemos fugir dos dados que temos”, afirma. 

Cerca de 70% dos casos notificados à OMS estão na Europa, enquanto 25% deles está na região das Américas. Apesar de a doença ter resultado em apenas cinco mortes até agora, quase dois mil pacientes precisaram ser internados por sentirem dor após a infecção.

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