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Setor de alimentação e bebidas no Amazonas deve crescer 3,3% e movimentar R$ 15,8 bilhões

O setor de alimentação e bebidas no Amazonas deve movimentar R$ 15,8 bilhões ao longo de 2025, segundo a pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros.

O valor considera os gastos das famílias tanto dentro de casa quanto fora do domicílio e representa um crescimento de 3,3% em relação ao ano passado.

Apesar da alta, o ritmo de expansão no estado é bem menor que a média nacional, estimada em 11,3%.

O levantamento considera diversas categorias de consumo. No domicílio, entram despesas com alimentos “in natura”, industrializados, preparados e agregados, como cestas básicas, além de bebidas e infusões — incluindo sucos artificiais, cafés moídos e solúveis, chás, refrigerantes, cervejas, vinhos, aguardentes e outras bebidas alcoólicas.

Fora de casa, são contabilizados gastos com refeições, lanches, cafés da manhã, refrigerantes, cafezinhos, caldos, cervejas, chopes e outras bebidas.

Gastos dentro e fora de casa

De acordo com o levantamento, o consumo de alimentos no domicílio continua sendo a principal fatia do orçamento, somando R$ 11,77 bilhões em 2025.

Já os gastos com alimentação fora de casa — como refeições, lanches, cafés e outras despesas em bares e restaurantes — devem alcançar R$ 3,21 bilhões no estado.

O estudo também aponta que o consumo de bebidas, incluindo produtos alcoólicos e não alcoólicos, deve movimentar R$ 898,6 milhões.

Apesar de representar uma parcela menor, essa categoria terá um dos maiores avanços proporcionais no Amazonas, com crescimento de 4,5% em relação a 2024.

Quem impulsiona o consumo?

Embora o relatório IPC Maps não detalhe gastos por classes sociais no Amazonas especificamente, os dados nos permitem identificar tendências importantes:

  • Na classe A, que possui maior poder aquisitivo, o consumo total de alimentos e bebidas cresceu 13,5% entre 2024 e 2025 — o maior entre as classes sociais .
  • A classe B apresenta crescimento mais modesto, de 4,8%.
  • Na classe C, houve ligeira retração de 0,8%, indicando estagnação ou aumento do custo de vida pressionando esse grupo.

Comparativo nacional e posição do Amazonas

No cenário brasileiro, os gastos com alimentação e bebidas devem atingir cerca de R$ 1,1 trilhão em 2025. Estados como São Paulo (R$ 284,3 bilhões), Minas Gerais (R$ 123,8 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 95,5 bilhões) lideram o ranking nacional.

O Amazonas, com seus R$ 15,88 bilhões, tem participação modesta no total nacional, mas desempenha papel relevante dentro da Região Norte.

Crescimento moderado e abertura de empresas

Mesmo com crescimento abaixo da média nacional, o setor de alimentação no Amazonas deve registrar sinais de aquecimento.

A pesquisa estima que o número de empresas de alimentação no estado aumentará de 16.990 para 17.030 em 2025, um acréscimo de 40 estabelecimentos (+0,2%).

Esse resultado contrasta com a tendência observada em parte do país, onde muitos Microempreendedores Individuais (MEIs) têm encerrado suas atividades.

No Amazonas, os novos negócios, somados ao aumento no consumo, indicam que o mercado segue com potencial de expansão, ainda que de forma mais gradual.

Sobre o IPC Maps

Publicado anualmente pela IPC Marketing Editora, o estudo utiliza metodologias exclusivas para calcular o potencial de consumo em todo o país, com base em dados oficiais.

Além de medir a movimentação financeira por categorias de produtos, o levantamento permite analisar as diferenças entre municípios, estados, regiões e áreas metropolitanas, oferecendo comparativos históricos e detalhando tendências para os principais setores da economia

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