Trata-se da terceira alta mensal no ano e do melhor resultado desde dezembro. Para IBGE, setor ainda não mostra trajetória clara de recuperação.

O mês de julho encerrou com queda de 1,9% no volume de vendas do comércio varejista amazonense, na comparação com junho deste ano.
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O volume do setor de serviços cresceu 0,8% em julho, na comparação com o mês anterior, eliminando as perdas de junho, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se da terceira alta no ano, da melhor taxa mensal desde dezembro e do melhor resultado para meses de julho desde 2011, quando também houve avanço de 0,8%.
Na comparação com junho do ano passado, a alta foi de 1,8% – quarta taxa positiva do ano. Apesar do resultado positivo, o IBGE destacou que o setor ainda se encontra 1,2% abaixo do patamar de dezembro do ano passado e 11,8% abaixo do pico, registrado em novembro de 2014.
O IBGE revisou os dois resultados anteriores. Em junho, a queda foi de 0,7%, menor que o recuo de 1% divulgado anteriormente. Já o resultado de maio foi revisado para uma alta de 0,2%, e não de 0,1%.
De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o resultado de julho foi positivo, mas que tem que ser visto com ressalva, uma vez que também houve um dia útil a mais na comparação interanual. Segundo ele, eliminando esse efeito sazonal, o crescimento teria sido de 1,2%, e não 1,8% na comparação com julho de 2018.
Comércio varejista do Amazonas fecha mês de julho com pior desempenho do país
O mês de julho encerrou com queda de 1,9% no volume de vendas do comércio varejista amazonense, na comparação com junho deste ano. O resultado levou o setor varejista do estado a alcançar a última posição entre as 27 unidades da federação. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 17,9%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio publicada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados nesta quarta-feira (11).
Esse resultado foi menor do que a média Brasil (-0,1%). As maiores altas ocorreram em Mato Grosso (5,4%), no Rio de Janeiro (2,7%) e na Bahia (2,4%). Junto com o Amazonas, as maiores baixas ocorreram em Roraima (- 1,6%), Ceará (-1,5%) e Piauí (-1,0%).
No acumulado do ano, o setor apresentou crescimento de 5,1%; significando uma recuperação do indicador nos últimos dois meses. Já no acumulado dos últimos doze meses, o indicador alcançou 3,8%.
O resultado positivo de 5,1% no acumulado de 2019, levou o setor varejista do estado do Amazonas a alcançar a 5ª posição entre as 27 unidades da federação. Além disso, esse resultado foi maior do que a média nacional (1,2%). As maiores altas ocorreram no Amapá (10,6%), no Acre (7,6%), e em Santa Catarina (7,3%). As maiores baixas ocorreram no Piauí (-9,7%), Paraíba (-5,6%) e Alagoas (-3,0%).
Em julho de 2019, a receita nominal das vendas do varejo amazonense, que em seu cálculo não considera a inflação do período, caiu 2,9% frente a junho do mesmo ano, na série com ajuste sazonal, após subir 7,7% em junho. No entanto, na comparação com junho de 2018, a receita do comércio varejista no Amazonas subiu 20,4% em julho. No acumulado do ano, a receita apresentou crescimento de 7,4%. E no acumulado dos últimos doze meses, um crescimento de 5,8%.
Variação do volume de serviços em julho, por atividade:
Serviços prestados às famílias: -0,5%
- Serviços de alojamento e alimentação: -0,4%
- Outros serviços prestados às famílias: -0,7%
Serviços de informação e comunicação: 1,8%
- Serviços de tecnologia da informação e comunicação: 1,4%
- Telecomunicações: 0,1%
- Serviços de tecnologia da informação: 8,4%
- Serviços audiovisuais: 2,7%
Serviços profissionais, administrativos e complementares: -1,3%
- Serviços técnico-profissionais: -1%
- Serviços administrativos e complementares: -0,3%
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 0,7%
- Transporte terrestre: 0,6%
- Transporte aquaviário: 5,7%
- Transporte aéreo: -2,3%
- Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 2,9%
Os indicadores econômicos já divulgados sobre o mês de julho mostram um desempenho misto da economia no 2º semestre, em meio ao desemprego ainda elevado e piora no cenário externo com a crise da Argentina, guerra comercial e temores de uma nova recessão global.
A expectativa é que a liberação dos saques das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo PIS-Pasep ajudem a acelerar o consumo nestes últimos meses do ano. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que R$ 13,1 bilhões (44% do total previsto a ser injetado na economia) será destinado para gastos no comércio e consumo de serviços.
A projeção do mercado financeiro para estimativa de alta do PIB deste ano permanece em 0,87%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Já o governo prevê crescimento de 0,85% em 2019, abaixo do ritmo de avanço de 1,1% registrado em 2018 e 2017.