
Com o envelhecimento da população brasileira, o mercado de trabalho tem se reinventado — e o setor imobiliário vem se destacando nesse movimento. Segundo o Censo Demográfico de 2022, o país já conta com 32,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a 15,8% da população — crescimento de 56% em relação ao último levantamento.
Um estudo do Grupo OLX, com base na PNAD Contínua do IBGE, mostra que esse público já representa 20% dos corretores de imóveis no Brasil, quatro pontos percentuais a mais do que em 2019. O dado reforça que envelhecer, hoje, não significa desacelerar, mas seguir ativo, produtivo e socialmente engajado.
“Esses profissionais aproveitam sua rede de contatos, conhecimento local e experiência para continuar atuando de forma estratégica e eficiente no mercado. A profissão de corretor permite que mantenham uma vida ativa, com retorno financeiro consistente e a oportunidade de trabalhar com um propósito: contribuir com famílias que buscam realizar o sonho da casa própria”, afirma Victor Lopes, gestor comercial da MRV no Amazonas, maior construtora da América Latina e referência em habitação no Brasil.
O maior número desses profissionais é reflexo da expansão do setor. Segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis, o país encerrou 2024 com aproximadamente 580 mil agentes registrados, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. O avanço é impulsionado por fatores econômicos, sociais e tecnológicos — incluindo programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, a facilidade de acesso à profissão, a rentabilidade das comissões e o uso crescente de plataformas digitais e redes sociais, que ampliam as oportunidades de atuação.
“Além da experiência e do conhecimento, a profissão oferece flexibilidade e oportunidade de carreira sólida”, afirma Victor. O estudo da OLX mostrou que 92% dos corretores atuam somente como agente imobiliário, enquanto 8% se dividem em dois trabalhos. A pesquisa revelou ainda que mais da metade trabalha entre 40 e 44 horas semanais, com uma renda média de R$ 4 mil mensais.
Os agentes 60+ não só vêm crescendo, como já ocupam o segundo grupo etário mais representativo na categoria, atrás apenas da faixa de 35 a 44 anos, com 26% do total.
Para Victor Lopes, corretores mais maduros têm papel estratégico na aproximação com diferentes perfis de clientes e na orientação de famílias que buscam realizar o sonho da casa própria:. “A companhia valoriza e incentiva a diversidade etária na profissão. A presença crescente de corretores mais velhos mostra que a corretagem é uma carreira que permite longevidade, valorização da experiência e constante atualização — incentivando que mais pessoas considerem a atividade como uma opção viável e promissora para toda a vida profissional”, conclui o gestor.


