
Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) emitiu novo alerta para as transportadoras de cargas sobre o baixo nível em que se encontram os principais rios e bacias fluviais no estado em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrada a maior seca severa histórica.
O primeiro alerta foi emitido em fevereiro deste ano, com base em dados e informações coletadas pelas próprias transportadoras no período e que agora se confirmam com o início “oficial” da estiagem.
Segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), entre abril de 2023 e abril de 2024, foi registrado um déficit de 27% no volume das chuvas na região.
Na semana passada, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, apresentou prognóstico de estiagem severa em 14 estações de monitoramento entre os meses de setembro a novembro, podendo chegar próximo da mínima histórica, ou mesmo ultrapassá-la, impactando municípios nas bacias do Madeira, Negro, Solimões e Tapajós, com projeções de período mais crítico em Manicoré e Fonte Boa (Rio Madeira) e Tabatinga (Solimões) no mês de setembro e Manaus em novembro.
De acordo com o vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega, alguns setores como o de combustíveis, já iniciaram a preparação e o planejamento de estoques para assegurar o abastecimento dos municípios do interior durante a seca, mas é necessário que outros segmentos, especialmente de alimentos e outros produtos de grande demanda, também se preparem com antecedência.