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Sociedade de infectologia aprova Dexametason contra mortes por Covid-19

O corticoide seria o 1º remédio do mundo a conseguir demonstrar eficácia contra a infecção provocada pelo coronavírus

“Temos o primeiro tratamento farmacológico para Covid-19 que mostrou impacto em reduzir a mortalidade! Finalmente temos uma “boa nova”!, escreveu o presidente da Sociedade Brasileia de Infectologia (SBI), Clóvis Arns da Cunha, no informe de hoje da instituição.

Arns da Cunha se refere a pesquisa da Universidade de Oxford que comprovou que o corticoide dexametasona é capaz de reduzir a incidência de morte por Covid-19 em pacientes que apresentaram quadros mais complicados da doença.

A pesquisa ainda não foi publicada em periódicos científicos, mas, segundo a Sociedade de Infectologia, o tratamento permitiu redução de mortes de 35% para pacientes que utilizaram respiradores e 20% para os que precisaram de outro tipo de suporte respiratório. 

De acordo com o informe da SBI, os resultados preliminares do estudo randomizado de Oxford com o grupo de controle comparou dexametasona x grupo controle, que demonstrou que a dose de 6mg de dexametasona por via oral ou por via endovenosa 1x/dia, por 10 dias, demostrou:

1) redução de mortalidade (em 28 dias) de 1/3 (33,3%) nos pacientes com COVID-19 em ventilação mecânica (VM);

2) redução de mortalidade (em 28 dias) de 1/5 (20%) nos pacientes necessitando de oxigênio e que não estão em VM; 3) não houve diferença nos pacientes que não necessitam de oxigênio.

O corticoide seria o 1º remédio do mundo a conseguir demonstrar eficácia contra a infecção provocada pelo coronavírus.

Os dados compreendem a 2.104 pacientes que receberam o medicamento comparados com grupo controle de outras 4.321 doentes. “O benefício da sobrevivência é claro e amplo nestes pacientes que estavam doentes o suficiente para precisarem de tratamento com oxigênio.

Então, a dexametasona pode agora se tornar padrão no cuidado destes pacientes”, afirmou Peter Horbny, um dos autores da pesquisa.

“Como temos insistido desde o início da pandemia de COVID-19, os estudos clínicos RANDOMIZADOS e COM GRUPO CONTROLE é que devem nortear nossa conduta de “como tratar COVID-19”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira da Infectologia.

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