
O governo de São Paulo afirma ter enviado nove ofícios, o último deles na terça-feira, 13, ao Ministério da Saúde solicitando medicamentos do kit Intubação para pacientes graves de covid-19.
O objetivo é repor estoques e evitar o desabastecimento de remédios essenciais para o tratamento da doença. Para evitar o colapso no atendimento, o prazo solicitado é de 24 horas. De acordo com o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, responsável pelas solicitações, os medicamentos são suficientes apenas por “alguns dias”.
“Em 40 dias, a Secretaria do Estado da Saúde mandou o quantitativo de nove ofícios para o Ministério da Saúde. Ontem foi o último ofício que nós mandamos porque nós precisamos do apoio do Governo Federal para a produção centralizada dos kits intubação”, afirmou o secretário Jean Gorinchteyn em entrevista coletiva nesta terça-feira.
Em função da gravidade da situação, o secretário estabelece o prazo de 24 horas para a liberação dos medicamentos. A lista inclui quatro bloqueadores neuromusculares, três fármacos para sedação contínua e de um fármaco para analgesia.
“Em face desse cenário, é imprescindível o envio de medicamentos para o Estado de São Paulo em até 24 horas, minimamente para suprir o abastecimento de 643 hospitais para os próximos dias”, diz trecho do documento enviado ao governo federal.
Desde março, o Ministério da Saúde faz requisições administrativas que obrigam as fábricas a destinar o excedente de sua produção para o órgão, que faz a redistribuição das drogas para os estados, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
A secretaria de Saúde informa que as medicações são suficientes para “alguns dias” e que vem buscando alternativas.