A falta de assistência médica também levou à morte de 111 indígenas, no total, no ano passado; número é quase o triplo de 2022, que registrou 40 óbitos com esta causa

Os suicídios em comunidades indígenas aumentaram no Brasil entre 2022 e 2023, de acordo com um estudo publicado esta semana no relatório anual do do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ligado à Igreja Católica, e expõe uma deterioração geral da situação dos índios no governo do presidente Lula (PT).
O relatório do Cimi aponta que ocorreram 180 suicídios nestas comunidades em 2023, em comparação com 115 em 2022. Houve aumento de 56,52% nos casos.
A falta de assistência médica também levou à morte de 111 indígenas, no total, no ano passado, afirma ainda o estudo. O número é quase o triplo de 2022, que registrou 40 óbitos com esta causa.
A Cimi indica, também, que 1.040 crianças menores de quatro anos morreram em 2023 de gripe, pneumonia, diarreia ou infecções intestinais e desnutrição, particularmente nos estados de Roraima e Amazonas, na fronteira com a Venezuela. O número é 24,5% superior ao de 2022, quando foi de 835 mortes.
Em janeiro de 2023, as autoridades declararam um estado de “crise humanitária” nesta região, de onde começaram então a expulsar milhares de mineiros ilegais, cuja atividade polui os rios com mercúrio e, portanto, ameaça a sobrevivência das comunidades indígenas.