O Supremo Tribunal da Rússia proibiu esta semana o movimento internacional LGBT no país, a pedido do Ministério da Justiça. O motivo é que ele é considerado uma “organização extremista”.
– Reconhecer o movimento internacional cívico LGBT como uma organização extremista e proibir suas atividades em território russo – decidiu o juiz Oleg Nefedov, segundo a agência de notícias Interfax.
A medida, que tem efeito “imediato”, proíbe a propaganda, a publicidade, a geração de interesse e o incentivo ao ingresso nas fileiras do movimento LGBT.
A audiência do processo ocorreu a portas fechadas e contou apenas com a presença de representantes do Ministério da Justiça, que apresentou a ação no dia 17 de novembro.
Ativistas LGBT criaram uma organização justamente com o nome de Movimento Internacional Cívico LGBT, que até então não existia, para defender os direitos do coletivo.
O demandante, o Ministério da Justiça, afirmou que foram detectadas “tendências extremistas”, incluindo “incitamento ao ódio social e religioso” nas atividades do referido movimento.
Em novembro de 2022, a Duma, nome da Câmara dos Deputados da Rússia, aprovou uma lei que proibia completamente a propaganda LGBT, a pedofilia e a mudança de sexo. Além disso, em junho, a Casa proibiu operações cirúrgicas de mudança de sexo.
Recentemente, o vice-ministro da Justiça, André Luguinov, garantiu à ONU que na Rússia não há discriminação ou perseguição à comunidade homossexual, e considerou que a proibição de manifestações públicas do referido grupo responde aos valores morais do país.