
A covid-19, tem proporcionado a natureza uma sobrevida ao planeta tomado pela devastação das florestas, poluição dos rios e mares. Nesse intervalo de tempo, imposto pela pandemia do coronavírus com o isolamento social, os animais estão de volta ao seu habitat natural, perdido ao longo do tempo pelo crescimento urbano das cidades. Golfinhos nos canais de Veneza, Coalas nas ruas da Austrália, sardinhas nos rios de Recife e … tartarugas desovando na praia da Ponta Negra, um dos cartões postais de Manaus.
Com a praia interditada para os banhistas pela prefeitura da cidade devido as medidas restritivas do Estado de Calamidade para conter a expansão do vírus, não só as tartarugas, mas as arraias e bichos preguiças resolveram aparecer no pedaço e marcar território em um espaço que um dia foi todo deles.
Ontem, terça-feira (28), um grupo de amigos encontrou no final da tarde um bando de tartarugas escavando buracos na areia da praia do Rio Negro para enterrar seus ovos. A cena chamou a atenção dos adolescentes que caminhavam pelo local e fotografaram o movimento dos quelônios. As tartarugas amazônicas podem chegar a 90 centímetros de comprimento e pesar até 75 quilos.
Na segunda-feira (27) um guarda municipal que faz a segurança do complexo turístico encontrou uma arraia das grandes nadando próximo a beira da praia e fotografou. As menores têm menos de 50 centímetros e a arraia-jamanta mede 7 metros da ponta de uma barbatana à outra.

A maioria das arraias tem a pele áspera. As arraias-elétricas têm a pele lisa e órgãos elétricos, perto da cabeça, que dão fortes choques. Têm a cauda fina e às vezes longa, lembrando um chicote. As arraias têm uma cauda delgada que apresenta um ou mais espinhos serrilhados com glândulas de veneno na base. Não são raros os acidentes com banhistas que pisam nesses peixes que as vezes se enterram no fundo arenoso dos rios do Amazonas.

Na última sexta-feira (24) o guarda municipal Adriano Gomes, também registrou a cena inusitada de um bicho preguiça passeando pelo o calcadão da Ponta Negra e depois retornando calmamente para uma árvore próxima. Segundo o guarda municipal como a área encontra-se sem movimento, o filhote desceu das árvores. “Há um outro casal habitando o espaço. Estava quente no dia em que o filhote desceu em busca de outra árvore, mas ele acabou se perdendo e indo passear no calçadão”, Gomes.